Megaeventos: novo passo da especulação imobiliária, nova página do conflito urbano brasileiro
Resumo
Este trabalho tem como objetivo demonstrar o maior fortalecimento da especulação imobiliária e indústria da construção civil como consequência da realização de megaeventos como a Copa do Mundo no Brasil. A exemplo de experiências de países como África do Sul e China que guardam semelhanças do ponto de vista econômico com o Brasil, temos como reflexo necessário do avanço desses setores o agravamento da segregação territorial e social características da urbanização brasileira por meio principalmente de despejos e remoções forçadas das populações mais pobres que podem ser averiguados por meio do acompanhamento, principalmente dos movimentos sociais envolvidos. Com esse processo contraditório surge a possibilidade de avanço das lutas sociais que enfrentam essa dinâmica, a exemplo do fortalecimento de movimentos populares como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).Referências
ARANTES, Pedro Fiori. Da (anti) reforma urbana brasileira a um novo ciclo de lutas nas cidades. 2013. Disponível em www.correiodacidadania.com.br
BERLINCK, Manoel T. Marginalidade social e relações de classe em São Paulo. Petrópolis: Vozes, 1977.
BOULOS, Guilherme. Por que ocupamos? Scortecci: São Paulo, 2014.
D'ANDREA, Tiarajú. Itaquera, muito além da Copa do Mundo. 2012. Disponível em: https://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1155
DANTAS, Tiago. Prefeitura libera 1,8 milhão e recebe terreno para obras em Itaquera. São Paulo, 13/09/13. Disponível em http://copadomundo.uol.com.br/. Acesso em 01/04/2014.
ENGELS, Friederich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. Porto: Edições Afrontamento, 1975.
FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. São Paulo: Globo, 2006.
FIX, Mariana. São Paulo a cidade global. São Paulo: Boitempo, 2004.
GOULART, Debora. O anticapitalismo do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Tese de doutorado Universidade Estadual Paulista Faculdade de Filosofia e Ciências. Marília, 2011.
HARVEY, David. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Anablume, 2005.
KOWARICK, Lucio. A Espoliação urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
____. O preço do progresso: crescimento econômico, pauperização e espoliação urbana. In: “Cidade, povo e poder”. São Paulo: Cedec: Paz e Terra, 1977.
LEFEBVRE, Henri. A cidade do capital. São Paulo, DP&A, 2001.
MARINI, Ruy Mauro. Dialética da dependência. In: Ruy Mauro Marini Vida e obra (Roberta Traspadini e João Pedro Stédile -- orgs) São Paulo: Expressão Popular, 2005.
NETTO, José Paulo. Cinco notas a propósito da “Questão Social”. In: Revista Temporalis nº3. ABEPSS, 2001.
OLIVEIRA, Francisco de. Crítica à razão dualista. São Paulo: Boitempo, 2003.
PEREIRA, Luiz. Urbanização e subdesenvolvimento. In: Urbanização e subdesenvolvimento. (Luiz Pereira org.) São Paulo: Zahar, 1973.
SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas. São Paulo: Editora 34, 2000.
SINGER, André. Os sentidos do lulismo -- Reforma gradual e pacto conservador. Companhia das Letras, são Paulo, 2011.
UVINHA, Ricardo Ricci. Os megaeventos esportivos e seus impactos: o caso das olimpíadas da China. Motrivivência Ano XXI, No 32/33. Jun-Dez./2009
Sites consultados:
http://base.d-p-h.info/es/fiches/dph/fiche-dph-8423.html HIC (Habitat International Coalition). Acesso em 01/04/2014.
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/maria-orlanda-pinassi-neodesenvolvimentismo-ou-luta-de-classes.html. Acesso em 25/03/2014.
O Globo on line. Rio de Janeiro, 20 dez., 2009. Disponível em http://oglobo.globo.com/economia/ Acesso em 02/04/2014.
http://raquelrolnik.wordpress.com. Acesso em 28/03/14.
www.monitormercantil.com.br. Acesso em 26/03/14.
http://www.zap.com.br/imoveis/fipe-zap/ Acesso em 26/03/14.
http://www.portalpopulardacopa.org.br/ Acesso em 26/03/14.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A Revista Praia Vermelha está licenciada sob a licença Creative Commons BY 4.0. Para ver uma cópia desta licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons BY 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Após a publicação da edição, autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal).