Cinema de bolso: as imagens da escuta portátil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47146/rbm.v33i1.33473

Palavras-chave:

Cinema expandido. Dispositivos de escuta. Fenomenologia estética. Trilha sonora.

Resumo

Este artigo visa descrever de maneira fenomenológica a experiência de escuta musical com dispositivos portáteis, tendo como referência principalmente os estudos de Michel Chion e os conceitos filosóficos de Gilles Deleuze. A capacidade que esses aparelhos têm de proporcionar uma escuta em movimento faz com que eles sejam potenciais fontes de um efeito cinematográfico de suspensão ou de fabulação, em que a própria realidade torna-se tela panorâmica de uma obra processual e assubjetiva. O corpo ganha funções de mediação na medida em que o modo de auralidade dos dispositivos de escuta portátil, completamente autônomo, insere na percepção visual eflúvios sonoros, os quais, anexados ao ritmo do movimento imagético, elevam-no à posição de movimento cinemático, ou seja, de realidade que dura, de mais-que-realidade.

Biografia do Autor

Rômulo Moraes, Escola de Comunicação - UFRJ

Mestrando em Tecnologias da Comunicação e Estéticas na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ), com bolsa do CNPq, e graduado em Comunicação Social/Produção Editorial pela mesma instituição. Também cursa, atualmente, a especialização em Art & Curatorial Practice da The New Centre for Research & Practice, com uma bolsa Global South. Atua profissionalmente como editor e tradutor de livros, além de ser escritor e artista sonoro. Escreveu crítica literária e musical em múltiplos blogs, co-fundou a revista Posto 4 (antes MoostroMag), e integra o corpo editorial da Revista Eco-Pós, na função de revisor. Pesquisa áreas como teoria estética, arqueologia das mídias, estudos do som e cinema e literatura experimentais, dando foco à leitura fenomenológica e transdisciplinar desses saberes.

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Publicado

2020-08-02

Edição

Seção

Dossiê temático