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Vinicius Enter, o ultra-autor ou o Dedo indicador da ultra-autoria

Resumo

Montado como uma mão, com cada dedo apontando para um aspecto relevante na compreensão de um disco fascinante, desconhecido e contraditório, este artigo pretende cutucar a obra ímpar do músico Vinicius Enter: Dedo indicador. Do dedo mínimo, com uma espécie de biografia, passando pelo anular e a ligação com o Manguebit, pelo “maior de todos” e a cena independente de música, ao dedo polegar, a ultra-autoria e a tentativa de uma conclusão aberta sobre o álbum Dedo indicador e o modo peculiar de experimentar a autoria na produção musical contemporânea, o artigo é uma leitura pessoal ancorada em entrevistas (realizadas por mim e por outros jornalistas), observações do contexto histórico-cultural e escutas do disco em questão. Tendo como foco as relações entre música, tecnologia, autoria e contemporaneidade, este texto viaja pelas conexões pouco usuais entre esses assuntos na prática musical de Vinicius Enter e seu Dedo indicador.

Palavras-chave

Música popular brasileira, século XX, autoria, tecnologia musical, indústria fonográfica, produção musical independente

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