DESEMPENHO COGNITIVO ATRAVÉS DO MINIEXAME DO ESTADO MENTAL NA DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE

Autores

  • Flávia Nardes
  • Alexandra Prufer de Queiroz Campos Araújo
  • Márcia Ribeiro Gonçalves

DOI:

https://doi.org/10.46979/rbn.v54i4.22345

Palavras-chave:

Neurologia

Resumo

Objetivo: A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é frequentemente associada à deficiência intelectual (DI) e ao prejuízo de funções superiores como leitura, raciocínio, lógica, e memória. O objetivo do estudo foi avaliar o desempenho cognitivo de pacientes com DMD através do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), um teste simples e rápido, usado como primeiro rastreio intelectual, principalmente quando baterias psicométricas complexas, dependentes de psicólogos especializados, não estão disponíveis. Método: Foi realizado um estudo observacional de trinta e quatro meninos com DMD, com idades entre 8 e 22 anos, separados em dois grupos de acordo com a presença de DI moderada-grave, conforme a definição clínica do funcionamento adaptativo do Manual Estatístico e Diagnóstico de Desordens Mentais 5º edição (DSM-5). Foram
avaliados a pontuação no MEEM, marcos do desenvolvimento, independência
nas atividades de vida cotidiana e capacidade de alfabetização. Resultados: Os marcos motores e de linguagem estavam atrasados (16 meses), e a média no MEEM foi 21, ponto de corte mais baixo do que verificado em pares da mesma idade. O grupo com DI moderada-grave apresentou uma média de 12 no MEEM, e os subtestes de orientação, atenção e cálculo e linguagem foram os que demonstraram piores desempenhos. O ponto de corte de maior acurácia para
distinguir DI moderada-grave nos pacientes com DMD foi 21. Conclusão: O MEEM apresentou adequada sensibilidade (100%) e especificidade (90%) para o ponto de corte de 21, revelando-se um bom método de triagem cognitiva para DI moderada-grave na DMD.

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Publicado

2018-12-18

Edição

Seção

Artigos