Polineuropatia secundária ao uso crônico de estatinas

Autores

  • Karina Magalhães de Castro Henriques INDC-UFRJ
  • Jackeline Moreira Campos Pereira
  • Marco Orsin
  • Marcos Raimundo Gomes de Freitas

DOI:

https://doi.org/10.46979/rbn.v51i3.3103

Palavras-chave:

Polineuropatia, Estatinas, Neuropatia periférica

Resumo

Os inibidores da 3-hidroxi-3-metilglutaryl coenzima-A (HMG-CoA) redutase têm eficácia comprovada em reduzir os níveis de colesterol e prevenir a inflamação do endotélio coronariano, cerebral e periférico. Os efeitos adversos devem ser conhecidos, pois sua suspensão
pode levar à completa reversibilidade dos sintomas. São descritas complicações musculares, entre elas, mialgia, miosite e rabdomiólise, além de complicações hepáticas, neuropatias e outras. Foram revistos 1 estudo experimental, 6 estudos populacionais, 25 relatos
de casos e 2 revisões sobre o tema, a maioria apontando para a real existência dessa complicação. A neuropatia induzida por estatinas tem incidência aproximada de 12 por 100.000 pessoas-ano. Apresenta-se mais comumente como polineuropatia sensitivo-motora axonal
de predomínio sensitivo. Em alguns casos, agravam neuropatias periféricas preexistentes. A fisiopatologia parece convergir para o comprometimento da cadeia respiratória mitocondrial. O diagnóstico baseia-se na relação temporal entre o uso ou suspensão da droga
e o surgimento ou melhora dos sinais e sintomas. Os exames laboratoriais são fundamentais para excluir causas de neuropatias periféricas  bem estabelecidas. O prognóstico relaciona-se com o momento de suspensão da droga, com relatos desde melhora completa até
irreversibilidade.

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Publicado

2016-03-10

Edição

Seção

Artigos