Fraqueza muscular adquirida na UTI (ICU-AW): efeitos sistêmicos da eletroestimulação neuromuscular

Autores

  • Marcos David Parada Godoy INDC-UFRJ
  • Helson Lino Leite de Souza Costa
  • Arthur Evangelista Silva Neto
  • André Luiz da Cunha Serejo
  • Leonardo Cordeiro de Souza
  • Michel Rangel Kalil2 Kalil
  • Rodrigo França Mota
  • Livia Fernandes Monteiro
  • Olivia Gameiro e Souza
  • Marcos R. G. de de Freitas
  • Victor Hugo Bastos
  • Pietro Novellino Novellino
  • André Palma Matta
  • Marco Orsini

DOI:

https://doi.org/10.46979/rbn.v51i4.3109

Palavras-chave:

Fraqueza muscular, eletroneuroestimulação, reabilitação

Resumo

Com os avanços tecnológicos alcançados atualmente na terapia intensiva e maior sobrevida dos pacientes, outros desafios têm surgido para os profissionais de saúde. Dentre alguns, destaca-se a fraqueza muscular adquirida na UTI (ICU-AW), caracterizada por paresia esquelética e respiratória dos músculos promovendo aumento nas
taxas de mortalidade e comprometimento da qualidade de vida. Sua incidência varia de 30% a 60% e tem na síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) e na disfunção de múltiplos órgãos (DMO) sua principal etiologia. Outros fatores de risco como a hiperglicemia,
o uso de bloqueadores neuromusculares e sedativos, a imobilidade e a própria ventilação mecânica estão entre os mais comuns. Entre as medidas de combate à ICU-AW, está o conceito de mobilização precoce, bem como despertar diário e controle estreito da glicemia. Nesse contexto, a eletroestimulação muscular apresenta-se como recurso de grande valia. Sua principal vantagem está no fato de poder ser empreendida independentemente da cooperação do paciente, e
por ser capaz de gerar respostas musculares eficientes, bem como resultados satisfatórios na preservação da massa muscular, condicionamento físico e funcionalidade dos que usam essa ferramenta. Desfechos interessantes têm sido observados em diversos perfis de pacientes, como os de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
e traumatismo raquimedular (TRM). No paciente crítico, seu uso tem mostrado redução nos tempos de ventilação mecânica (VM), internação na UTI e maior funcionalidade dos pacientes. A relevância dos efeitos sistêmicos e metabólicos provenientes da eletroestimulação 
neuromuscular (ENM) tem sido a base para os estudos nos pacientes críticos. Portanto, a ICU-AW é uma realidade no cenário da terapia intensiva e sua prevenção tem dado margem à aparição de novas propostas e ferramentas na prevenção dessas complicações 

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Publicado

2016-03-08

Edição

Seção

Artigos