Perfil epidemiológico de pacientes adultos com traumatismo cranioencefálico grave na rede SUS do Distrito Federal: um estudo retrospectivo.

Autores

  • Susana Nascimento
  • Gabriella Thaís Pereira Braga
  • Alessandra Vasconcelos de Queiroz
  • Jordana Rey Laureto
  • Alexandre de Souza Campos
  • José Roberto de Deus Macedo
  • Paulo Eugênio Silva

DOI:

https://doi.org/10.46979/rbn.v56i4.40224

Palavras-chave:

Neurologia

Resumo

Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é considerado uma epidemia silenciosa e um grande problema de saúde pública mundial. Dados epidemiológicos precisos podem ajudar na formulação de políticas públicas e em estratégias para reduzir a incidência do TCE. O objetivo deste estudo foi descrever a epidemiologia do TCE grave de pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva (UTI). Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo com coleta de dados em prontuário eletrônico na UTI de um hospital da rede SUS do Distrito Federal. Foram analisados o perfil epidemiológico e os principais desfechos clínicos e funcionais de pacientes com TCE internados entre janeiro e dezembro de 2015. Uma análise estatística descritiva foi conduzida e os dados foram expressos em médias, intervalo de confiança de 95% (IC95%) e taxas. Resultados: 227 pacientes foram estudados com média de idade de 38 anos (IC95% 36 a 40), sendo 84% (191/227) do sexo masculino. O principal mecanismo de trauma foi o acidente motociclístico, 19% (43/227) seguido dos atropelamentos, 18% (40/227). O tempo médio de ventilação mecânica foi de 14 dias, (IC95% 12 a 15) e os tempos médios de internação na UTI e hospitalar foram de 16 dias, (IC95% 14 a 18) e 42 dias, (IC95% 36 a 47), respectivamente. Apenas 16% (36/227) dos pacientes conseguiu permanecer em ortostase na alta da UTI. A taxa de mortalidade na UTI foi de 25% (57/227). Conclusão: Os homens jovens são os mais acometidos por TCE grave sendo o principal mecanismo o acidente motociclístico. Estes pacientes apresentam internação hospitalar prolongada e altas taxas de mortalidade.

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Publicado

2020-12-16

Edição

Seção

Artigos