Diásquise cerebelar cruzada – Diagnóstico pela Ressonância Magnética

Autores

  • Márcio Luís Duarte
  • Leonardo Furtado Freitas
  • Eduardo de Oliveira Narvaez
  • André de Queiroz Pereira da Silva

DOI:

https://doi.org/10.46979/rbn.v57i2.45547

Palavras-chave:

Neurologia

Resumo

A diásquise cerebelar cruzada (DCC) é caracterizada pela perda da atividade funcional e do metabolismo no cerebelo contralateral à lesão supratentorial.1,2,3,4 Este fenômeno foi usualmente observado em pacientes com infarto cerebral, tumores supratentoriais, epilepsia, encefalite, como resultado de ruptura da via cortico-ponto-cerebelar.1,2,3,4 A DCC é consistentemente relatada como resultado de inativação súbita do circuito, como acidente vascular cerebral (AVC), mas também pode ser encontrada em doenças crônicas, tumores cerebrais, infartos gânglio-capsulares, pequenos acidentes vasculares cerebrais, encefalite, epilepsia, enxaqueca, malformações arteriovenosas, hemorragia e doença de Alzheimer.2,3 Nas primeiras horas após o AVC, a diásquise é potencialmente reversível em caso de reperfusão supratentorial; no entanto, DCC persistente (mais de 24 horas) está associado a danos irreversíveis e mau resultado clínico.2 Este caso demonstra um homem de 60 anos com sequela de isquemia aguda à direita há dois anos, com fraqueza unilateral dos membros à esquerda. O exame neurológico demonstrou a língua desviada para a direita, desvio do ângulo da boca e sinal de Babinski positivo. A ressonância magnética que detectou uma diásquise cerebelar cruzada demonstrada pelo estudo perfusional ASL (arterial spin labeling) que utiliza o sangue magnetizado como contraste endógeno para avaliação do fluxo sanguíneo cerebral (CBF).

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Publicado

2021-08-04

Edição

Seção

Imagens em Neurologia