Uso da toxina botulínica tipo A no tratamento da espasticidade em crianças com paralisia cerebral: revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.46979/rbn.v58i4.56767Palavras-chave:
NeurologiaResumo
Há pouco mais de duas décadas, a toxina botulínica tipo A (TBA) vem sendo utilizada como parte do tratamento multimodal para a redução do tônus muscular em crianças com paralisia cerebral (PC) espástica. Objetivos: determinar a eficácia e segurança, avaliar as doses utilizadas em cada faixa etária e comparar os custos entre as TBA’s para tratamento da espasticidade em crianças portadoras de PC. Métodos: foi realizada uma revisão sistemática de estudos publicados nos últimos 6 anos, de 2017 a abril de 2022, através das bases de dados do PubMed, SciELO, Science Direct, Google Acadêmico e Periódicos CAPES, de acordo com os seguintes critérios de inclusão: (1) termos de busca: toxina botulínica, espasticidade e paralisia cerebral; (2) idioma: português, inglês e espanhol; (3) desenho: ensaios clínicos randomizados e duplo-cego, revisões sistemáticas e metanálises; (4) população: crianças e adolescentes com PC espástica; (5) intervenção: TBA; (6) grupo controle com outro tratamento para PC ou sem intervenção; (7) desfecho: alteração na Escala de Ashworth Modificada, efeitos adversos e qualidade de vida. Resultados: foram incluídos 10 artigos nesta revisão, que apresentaram dose mínima terapêutica, o impacto de injeções únicas e repetidas, seleção de músculos e pontos a serem aplicados. Conclusão: a TBA proporcionou uma melhora significativa sobre a espasticidade e funcionalidade da criança com PC espástica, em um período de até 3 meses após sua aplicação. Pode ser considerada uma opção de tratamento segura e eficaz, e a análise econômica da saúde demonstra que essa intervenção possui excelente relação custo-benefício.Downloads
Publicado
2023-02-08
Edição
Seção
Artigos