Relação do Perfil Nutricional e Protocolos de Suplementação na Evolução Clínica de Pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica

Autores

  • Eliana Alfenas Nogueira Milagres
  • Andréa Cardoso de Matos
  • Andressa Soares
  • Sabrina Cruz
  • Andréa Ramalho

DOI:

https://doi.org/10.46979/rbn.v60i4.65332

Resumo

INTRODUÇÃO: Perfil nutricional pode contribuir para o agravamento e progressão da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

OBJETIVO: Relacionar o perfil nutricional com a condição clínica e avaliar qual protocolo de suplementação, proporcionam melhores resultados.  

METODOLOGIA: Foram analisados em 110 pacientes com ELA esporádica o peso (atual/habitual), índice de massa corporal (IMC) e percentual de perda ponderal. Os pacientes foram divididos em grupos: G1 (400mg de vitamina E e 250mg de vitamina C por dia) e G2 (400mg de vitamina E e 500mg de vitamina C por dia). As concentrações séricas das vitaminas foram realizadas em um subgrupo de pacientes e os pontos de corte adotados foram < 4,6mg/L e 5,0mg/L, para as vitaminas C e E, respectivamente. Para avaliação da condição clínica do paciente, utilizou-se a escala ALSFRS.

RESULTADOS: A média do percentual de perda ponderal (17,7±10,4%) foi significativamente maior em pacientes que foram a óbito, quando comparados aos demais (10,9±8,1%) (p=0,003). Pacientes com os piores escores da ALSFRS apresentaram concentrações séricas de vitamina C significativamente menores (4,3±4,5mg/L) que os pacientes com os melhores escores (8,3±4,9mg/L) (p=0,048). Em relação aos grupos, verificou-se que o tempo médio de sobrevida do G1 (50,9±5,9 meses) foi significativamente menor que o tempo médio de sobrevida do G2 (58,1±3,6 meses) (p=0,046)

CONCLUSÃO: Recomenda-se monitoramento do perfil nutricional e vitaminas antioxidantes suplementadas, especialmente a vitamina C numa tentativa de minimizar a progressão da doença e prolongar a sobrevida.  

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Publicado

2025-01-09