UM ESTUDO COMPARADO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO E PATOLOGIZAÇÃO DAS INSCRIÇÕES CORPORAIS

Autores

  • Cello Latini Pfeil Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Bruno Latini Pfeil Universidade Santa Úrsula Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

Inscrições corporais, Automutilação, Patologização, Anarquismo, Psiquiatria

Resumo

Neste artigo, objetivamos argumentar, por meio de uma análise sobre como a medicina e a psiquiatria conceberam historicamente a prática de inscrições corporais, que não há possibilidade de uma ciência ser neutra e imparcial. A transformação de inscrições corporais em automutilações e sua consequente patologização, no contexto europeu dos séculos XVIII ao XX, significaram, além da afirmação de inferioridade de certos povos, o domínio de instituições médicas/psiquiátricas não somente sobre o corpo humano, como também sobre as significações que tais inscrições carregavam em contextos culturais distintos. Portanto, este estudo, longe de avaliar as inscrições corporais, procura apontar para o caráter parcial da ciência, utilizando como objeto de análise o processo de patologização de modificações corporais e automutilação, bem como o concomitante desenvolvimento da medicina e psiquiatria, em associação com o poder da Igreja e do Estado.

Biografia do Autor

Cello Latini Pfeil, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mestrando em Filosofia (PPGF/UFRJ). Bacharel em Ciências Sociais (IFCS/UFRJ).

Bruno Latini Pfeil, Universidade Santa Úrsula Universidade Federal Fluminense

Graduando em Psicologia (Universidade Santa Úrsula/RJ). Graduando em Antropologia (UFF).

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Publicado

2022-04-04

Edição

Seção

Artigos