CAPOEIRA, UMA EXPERIÊNCIA ANARQUISTA

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Resumo

Este artigo é um convite para pensarmos sobre as possíveis e necessárias interfaces da capoeira com a construção de uma sociedade igualitária, livre e justa, através de um projeto que enfrente as colonialidades do saber e do ser. Valorizaremos ações que privilegiem e favoreçam os saberes que se constroem nas experiências vividas, a partir da prática da capoeira e de corpos de seres africanos na diáspora brasileira, LGBTs, dos corpos dos excluídos. Consideraremos esses como pensadores/as que estão fora das instituições acadêmicas produzindo saberes a partir de seus corpos em movimento. Assim, as lutas por existência das populações em situação de moradores de rua e da comunidade LGBTs serão tratadas como processos de produção de conhecimento contra hegemônicos, de autodeterminação e de produção de reexistência. A expressão desses corpos vivos e invisibilizados no dia a dia da cidade será nossa base de interpretação.

 

Biografia do Autor

Renata Giovana de Almeida Martielo, Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Filosofia e Ciências Sociais

Licenciada em EDUCAÇÃO FÍSICA pela Universidade Federal do Rio de Janeiro no ano de 1998, bacharel em CIÊNCIAS SOCIAIS pela Universidade Federal do Rio de Janeiro no ano de 2008, especialista em HISTÓRIA DA ÁFRICA E DO NEGRO NO BRASIL pela Universidade Cândido Mendes no ano de 2010. Mestranda em FILOSOFIA do PPGF / UFRJ. Mestra de capoeira formada pelo mestre Peixinho do Grupo Senzala - RJ. Interesses de pesquisa em capoeira na diáspora africana, capoeira enquanto filosofia popular brasileira, perspectivas da decolonialidade e políticas públicas.

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Publicado

2022-06-30

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Artigos