Evolução de uma criança com sindrome de Down à luz do modelo lúdico: estudo de caso / Evolution of a child with Down's syndrome according to the ludic model: case study

Autores

  • Tatyane Soriano Gonçalves Diniz da Silva Graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Miryam Bonadiu Pelosi Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto11834

Palavras-chave:

Jogos e brinquedos, Ludoterapia, Síndrome de down, Terapia ocupacional.

Resumo

Introdução: O brincar é fundamental para o desenvolvimento da criança. Brincando ela desenvolve os sentidos, adquire habilidades, amplia suas experiências e descobertas, e potencializa a criatividade, a inteligência e a sociabilidade. Na clínica de Terapia Ocupacional, o brincar é visto como um recurso terapêutico e uma ocupação fundamental na vida da criança, podendo ser avaliado a partir do referencial teórico do Modelo Lúdico. Objetivo: Analisar a evolução do comportamento lúdico e a percepção da família sobre o desenvolvimento de uma criança de 2 anos e 5 meses, com síndrome de Down, que foi acompanhada pela Terapia Ocupacional, em uma brinquedoteca terapêutica por 18 meses. Método: Estudo com abordagem qualitativa e quantitativa, realizado com o auxílio da Avaliação do Comportamento Lúdico, Entrevista Inicial com os Pais, Ficha de Avaliação do Serviço de Terapia Ocupacional e evoluções dos atendimentos. Resultados: Os dados mostraram evolução do interesse geral e lúdico, capacidade lúdica e atitude lúdica, mas com menor evolução na habilidade de expressão. Conclusão: Com base no referencial teórico do Modelo Lúdico, foi possível compreender o comportamento lúdico da criança estudada, planejar os atendimentos terapêuticos ocupacionais e avaliar seu desenvolvimento e as contribuições do trabalho realizado na brinquedoteca.

Biografia do Autor

Tatyane Soriano Gonçalves Diniz da Silva, Graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Terapeuta Ocupacional graduada pela universidade Federal do Rio de Janeiro - RJ

Miryam Bonadiu Pelosi, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Terapeuta ocupacional com 30 anos de experiência na área da infância, especialização em psicopedagogia clínica e mestrado e doutorado em Educação. Desde 2009, atua como professora adjunta do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ministrando as disciplinas de Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa e supervisionado estágio no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira. Pesquisadora da área de Tecnologia Assistiva, coordena o LabAssistiva e é membro do Núcleo de Pesquisa em Tecnologia Assistiva da Universidade. 

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Publicado

31-01-2018

Edição

Seção

Artigo Original