Infâncias negras de uma comunidade periférica e os significados de ocupar-se do projeto social Afrocine / Black childhoods from a peripheral community and the meanings of getting busy of the afrocine social project

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto40821

Palabras clave:

Terapia Ocupacional, Ocupação, Crianças Negras, Racismo, Projetos Sociais, Infância, Periferia, Vulnerabilidade Social

Resumen

Introdução: Crianças têm um repertório de ocupações bem diverso, que engloba, principalmente, o brincar e a educação, e, para crianças negras que residem em comunidades periféricas dos grandes centros urbanos, os projetos sociais se tornam uma possibilidade de ocupação, como forma de promover o acesso a direitos básicos, favorecer o pleno exercício da cidadania e o combate ao racismo. Objetivo:identificar e compreender os significados de ocupar-se do Projeto Social Afrocine, vivenciado por crianças negras e voluntários de uma comunidade periférica de Belém-PA. Método: O presente estudo é uma pesquisa de campo do tipo qualitativo-descritivo, onde realizou-se entrevistas semiestruturadas com as crianças participantes e os voluntários do projeto social que evidenciaram a realidade e as dificuldades de crescer encarando as mais adversas questões de caráter racial. Conclusão: Esta pesquisa ajudou compreender o valor da Educação, Representatividade e Consciência Negra nesse contexto marcado por injustiças, e o quão significativas são para as crianças da comunidade que se ocupam do Projeto Social.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional. Ocupação. Crianças. Racismo. Projetos Sociais. Vulnerabilidade Social


Abstract

Introduction: Children have a very diverse repertoire of occupations that mainly include playing and education, and for blackchildren who live in peripheral communities in large urban centers, Social Projects become a possibility of occupation, as a way of promoting access to basic rights, favor the full exercise of citizenship and the fight against racism. Objective: identifying and understanding the meanings of getting busy of the Afrocine Social Project, experienced by black children and volunteers from a peripheral community in Belém-PA, as well as the crossings of the social project in their lives. Method: The presente study is a qualitative-descriptive field research. In this way, semi-structured interviews were carried out with the participating children and the volunteers of the social project, which highlighted the reality and the difficulties of growing up facing the most adverse racial issues. Conclusion: This research helped to understand the value of Education, Representativeness and Black Consciousness in this environment marked by injustices, how significant they are for children in the Community who are involved in the social project, and how They contribute to the fight Against racism.

Keywords: Occupational Therapy. Occupation. Children. Racism. Social Projects. Social Vulnerability


Resumen

Introducción: Niños tienen un repertorio de ocupaciones muy diverso que incluyen principalmente el juego y la educación, y para los niños negros que viven en comunidades periféricas en grandes centros urbanos, los Proyectos Sociales se convierten en una posibilidad de ocupación, como una forma de promover el acceso a los derechos básicos, favorecer la plena ejercicio de la ciudadanía y lucha contra el racismo. Objetivo: identificar y comprender los significados del cuidado del Proyecto Social Afrocino, vivido por niños y voluntarios negros de una comunidad periférica en Belém-PA, así como cruces de la proyecto social en sus vidas. Metodo: El presente estudio es una investigación de campo cualitativo-descriptivo. De esta forma, se realizaron entrevistas semiestructuradas con los niños participantes y los voluntarios del proyecto social, que resaltaron la realidad y las dificultades de crecer frente a los problemas raciales más adversos. Conclusión: Esta investigación ayudó a comprender el valor de la Educación, la Representatividad y la Conciencia Negra en este entorno marcado por las injusticias, qué tan significativas son para los niños de la comunidad que se involucran en el proyecto social y cómo contribuyen a enfrentar el racismo.

Palavras clave: Terapia Ocupacional. Ocupación. Niños. Racismo. Proyectos Sociales. Vulnerabilidad Social

 

 

Biografía del autor/a

Thaise Vieira Da Cruz, Universidade da Amazônia (UNAMA)

Acadêmica de Terapia Ocupacional da Universidade da Amazônia - Belém-PA, Brasil

João Paulo Santiago Barradas, Universidade da Amazônia (UNAMA)

Acadêmico de Terapia Ocupacional da Universidade da Amazônia - Belém-PA, Brasil

Edilson Coelho Sampaio, Universidade da Amazônia (UNAMA)

Terapeuta Ocupacional da Universidade da Amazônia - Belém-PA, Brasil

Citas

Almeida, S. L. (2018). O que é racismo estrutural? (1. ed.) Belo Horizonte: Letramento.

Associação Americana de Terapia Ocupacional (AOTA) (2015). Estrutura da prática da Terapia Ocupacional: domínio & processo (3. ed.) Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo. 1-49.

Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. (6. ed.). Rio de Janeiro: Almedina.

Brasil: Ministério da Saúde (2012). Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. (pp. 1-2); Brasília: Editora MS.

Chicaya, T. F., Joubert, R. & McColl, M. A. (2019). Applying the Occupational Justice Framework in Disability Policy Analysis in Namibia. South African Journal of Occupational Therapy. 49(1), 19-25. http://dx.doi.org/10.17159/2310-3833/2019/vol49n1a4

Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) (2016). Assistente Social no combate ao preconceito: Racismo - Caderno 3. (1. ed.) (pp.10). Brasília: Serra Dourada.

Costa, E. F., Oliveira, S. F. M., Corrêa, V. A. C., & Folha, O. A. A. C. (2017). Ciência Ocupacional e Terapia Ocupacional: algumas reflexões. Rev. Interinst. Bras. Ter. Ocup. 1(5), 650-663.https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto9687

Da Fonte, P. L. (2011). Consciência Negra. (pp. 1-6). http://www.bntusina.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/8/240/60/arquivos/File/equipe%20multi/6%20encontro/ConscienciaNegra.pdf

De Freitas, M. C., & De Mecena, E. H. (2012). Vulnerabilidades de crianças que nascem e crescem em periferias metropolitanas: notícias do Brasil. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud. 10(1), 195-203. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=77323982011

De Oliveira, R. J., & Oliveira, R. M. (2015). Origens da segregação racial no Brasil. AmérLatinHist et Mémo, LesCahiers ALHIM (En línea). 29(1). http://journals.openedition.org/alhim/5191

De Sousa, J. G. (2016). Atividades e ocupações de crianças e adolescentes brasileiros de 5 a 14 anos de idade [Monografia de Bacharel em Terapia Ocupacional, Universidade de Brasília].https://bdm.unb.br/handle/10483/17090

Domingues, P. (2005). O mito da democracia racial e a mestiçagem no Brasil (1889-1930). Diálogos Latinoamericanos. 1(10), 116-130. https://doi.org/10.36449/rth.v5i0.8019

Estatuto da Criança e do Adolescente (1991): Lei nº 8069 de 13/07/90. Brasília.

Fonseca, F. F., Sena, R. K. R., Dos Santos, R. L. A, Dias, O. V., & Costa, S. M. (2013). As vulnerabilidades na infância e na adolescência e as políticas públicas brasileiras de intervenção. Revista Paulista de Pediatria. 31(2), 258-64. https://doi.org/10.1590/S0103-05822013000200019

Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) (2010). O Impacto do Racismo na Infância (pp. 3-8). Brasília: BRZ.

Gomes, N. L. (2002). Educação e Identidade Negra. Aletria: Revista de Estudos de Literatura, (9), 38-46. http://doi.org/10.17851/2317-2096.9.0.38-47

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2018). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Educação 2018 (pp. 2-12). Brasília: Centro de Documentação e Disseminação de Informações.

Kronemberg, F., & Pollard N. (2005). Occupational therapy without borders: Learning from the spirit of survivors. (1. ed.) Toronto: Elsevier Churchill Livingstone.

Núcleo de Ciência Pela Infância (NCPI) (2019). Equidade e Desenvolvimento Infantil. (pp. 7) São Paulo: Insper, USP, ABC.

Maciel, W. L. S. (2015) Projetos Sociais. Palhoça: UnisulVirtual; 2015. ISBN: 978-85-7817-875-8.

Malafaia, E. (2018) A importância da representatividade negra na construção de identificação em crianças negras a partir de literatura infanto-juvenil negra. Congresso Brasileiro de Pessoas Negras. Uberlândia, 1-15.

Nunes, M. D. F. (2016) Cadê as crianças negras que estão aqui?: o racismo (não) comeu. Revista Latitude. 10(2), 383-423. https://www.seer.ufal.br/index.php/latitude/article/view/2616

Peixoto, R. C. D., & Da Silva, J. S. (2016). Segregação racial na orla de Belém: os portos públicos da Estrada Nova e o Ver-o-Peso. Belém: Bol Mus Para Emílio Goeldi Ciênc hum. 11(3), 563-579. https://doi.org/10.1590/1981.81222016000300002

Pontes, T., & Polatajko, H. (2016). Habilitando ocupações: prática baseada na ocupação e centrada no cliente na Terapia Ocupacional. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar. 24(2), 403-412. http://doi.org/10.4322/0104-4931.ctoARF0709

Salles, M. M., & Matsukura, T. S. (2016). O uso dos conceitos de ocupação e atividade na Terapia Ocupacional: uma revisão sistemática da literatura. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar. 24(4), 801-810. http://dx.doi.org/10.4322/0104-4931.ctoAR0525

Zen, C. C., Omairi, C. (2009). O Modelo Lúdico: Uma nova visão do brincar para a Terapia Ocupacional. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar. 17(1), 43-51. http://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/117/75

Publicado

2021-11-08