A contação de histórias enquanto co-ocupação familiar: reflexões à luz da Terapia Ocupacional
Storytelling as a family co-occupation: reflections in the light os Occupational Therapy
DOI:
https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto63613Palabras clave:
Terapia Ocupacional, Leitura, Desenvolvimento infantilResumen
Resumo: Introdução: A contação de histórias está presente na sociedade desde a antiguidade, como meio de perpetuar saberes e culturas. Por ser uma ação compartilhada, entende-se como uma co-ocupação, podendo a família desempenhar papel crucial no desenvolvimento desta co-ocupação, principalmente na infância. Deste modo objetivou-se compreender como a contação de histórias se configura enquanto uma co-ocupação familiar e promover reflexões à luz da Terapia Ocupacional. Métodos: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, com enfoque descritivo e exploratório. O instrumento aplicado na coleta de dados consistiu em uma entrevista direta elaborada pelas pesquisadoras somada aos registros fotográficos dos ambientes e recursos utilizados pelas 6 participantes durante a co-ocupação. Resultados: A análise dos dados gerou quatro categorias como eixos de estudo relacionados à contação de histórias enquanto co-ocupação, rotina, ambiente e desenvolvimento infantil. Observou-se a relevância da rotina e do ambiente para esta co-cupação, pois contribui para o preparo do sono e promove participação em ocupações, respectivamente, bem como a importância da continuidade desta prática. Discussão: A contação de histórias enquanto co-ocupação familiar configura-se como uma atividade inserida nas rotinas familiares, comumente integrada à rotina do sono. Apresenta características sociais e ambientais que favorecem maior interação familiar bem como estimula o desenvolvimento infantil em diversos aspectos. Conclusão: Os dados do estudo possibilitam afirmar acerca do potencial que a contação de histórias e os elementos que a compõem no âmbito familiar, apresentam, enquanto alternativa lúdica de promover uma série de ganhos ao desenvolvimento global infantil, implicando significativamente no desenvolvimento ocupacional da criança.
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