Ações de terapia ocupacional com adolescentes gestantes na rotina diária / Actions of Occupational Therapy with adolescent pregnancy in daily routine

Auteurs-es

  • Cinthia Raquel Ferreira Nascimento UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
  • Juliana Fonsêca de Queiroz Marcelino
  • Mariana Lima da Silva Lousada
  • Vera Lucia Dutra Facundes

DOI :

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto10049

Mots-clés :

Terapia Ocupacional, Gravidez na adolescência, Desempenho de papeis e Atividades diárias.

Résumé

Introdução: A gestação na adolescência é considerada um problema de saúde pública. Neste contexto, o terapeuta ocupacional pode desenvolver sua abordagem com foco no desempenho ocupacional desta população, que se depara com um novo papel e na modificação de suas ocupações. Objetivo: Descrever as ações de terapia ocupacional com adolescentes gestantes sobre o desempenho em ocupações na rotina diária. Métodos: Estudo do tipo pesquisa-ação com abordagem qualitativa. Foi desenvolvido no ambulatório da Saúde da Mulher de um Hospital Universitário da cidade do Recife -- PE, entre março e julho de 2016, com 10 adolescentes gestantes. Os dados foram obtidos por meio de entrevista semiestruturada, consulta a prontuários e observação participante dos grupos, que gerou registros em diário de campo e gravações. Os princípios éticos da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, foram respeitados. Resultados: As ações foram iniciadas com o levantamento, junto às gestantes, de dificuldades no desempenho ocupacional, problematização esta que favoreceu as discussões posteriores, em direção à construção compartilhada de estratégias. As ocupações indicadas como problemáticas foram: calçar o sapato, depilar-se, atividade sexual, descanso e sono e mobilidade funcional. A partir daí, o grupo elaborou estratégias para melhorar sua performance nestas atividades, bem como qualidade de vida, respaldadas por orientações da terapeuta ocupacional.  Conclusões: No estudo, foi possível identificar as dificuldades no desempenho ocupacional na rotina diária das gestantes, bem como favorecer a reflexão das mesmas sobre as estratégias de enfrentamento, para contribuir com a redução de agravos à saúde, promoção da autonomia e independência funcional. 

 

Abstract

 

Introduction: Gestation in adolescence is considered a public health problem. In this context, the occupational therapist can develop his approach focusing on the occupational performance of this population, which faces a new role and on the modification of their occupations. Objective: To describe the actions of occupational therapy with pregnant adolescents, on the performance in occupations in the daily routine. Methods: A research-action study with a qualitative approach. It was developed at the Women's Health outpatient clinic of a University Hospital of the city of Recife - PE, between March and July 2016, with 10 pregnant adolescents. The data were obtained through a semi-structured interview, consultation of medical records and participant observation of the groups, which generated records in field diaries and recordings. The ethical principles of Resolution 466/12 have been respected. Results: The actions were initiated with the survey, along with pregnant adolescents, of difficulties in occupational performance, problematization that favored the later discussions, towards the shared construction of strategies. The occupations indicated as problematic were: wear shoes, depilation, sexual activity, rest and sleep, and functional mobility. From there, the group developed strategies to improve their performance in these activities, as well as quality of life, backed by occupational therapist guidelines. Conclusions: In the study, it was possible to identify the difficulties in occupational performance in the daily routine of pregnant women, as well as to favor their reflection on coping strategies, to contribute to the reduction of health problems, promotion of autonomy and functional independence.

Key words: occupational therapy, pregnancy in adolescence, role playing, activities of daily living.

 

Resumen

 

Este artículo tiene como proposito analizar y debater lasposibilidades de laactuación de la terapia ocupacional enel âmbito de la Cultura, desde las reflexiones docentes generado por losestudiantes graduados enla Terapia Ocupacional enel centro de enseñanza superior (IES) publica. Hoy, laspoliticapublicasbrasileñaspresentanla cultura como derecho. Cultura, en neste caso, no sólo entendida como manifestaciones artísticas y estéticas, sino como uma cuestión de la identidade, protegiendotambiénsu diversidade. Para esta investigación, elegimosel enfoque cualitativo a partir de un enfoque analítico descriptivo, teniendo como base el método documentaldeldiario de campo de lasclases de los dos semestres consecutivos de la disciplina de Terapia Ocupacional Social de uncurso de una Universidad Publica. Los resultados obtenidos se dividieranentres categorias de análisis: (1) Cultura atravesandolapráctica, (2) Cultura como recurso y (3) Cultura como um campo de acción de la Terapia Ocupacional. Se entiende que la Cultura puede definir como campo específico de acción, con una finalidade determinada, lo que apunta para lanecesidad de los estúdios y uma formacción dirigida enparticular  aaquellas políticas, servicios y prácticas. Los datos de este estudio especialmente sumado a las diversas experienciasde la Terapia Ocupacional enelámbito de la Cultura han demonstrado lanecesidad de replantearlaformaciónprofesional. Una pista importante llevaría a uma revisión de lasdirectrices curriculares nacionales, teniendo em cuentaelámbito de la Cultura como locus de produccióndelconociento y laintervencióndel terapeuta ocupacional. Se apunta que és necesarioinvertiren neste tipo de formación para laconsolidación de lasprácticas de el terapeuta ocupacional enelámbito de la Cultura.

Palalvras claves: Terapia Ocupacional, Cultura, Ciudadanía Cultural, Formación Profesional.

 

Références

Eisenstein E. Adolescência: definições, conceitos e critérios. Adolescência & Saúde. 2 (2):1-2, 2005.

Cortez DN, Zica CMS, Gontijo LV, Cortez AOH. Aspectos que influenciam a gravidez na adolescência. R. Enferm. Cent. O. Min. 3(2): 645-53, 2013.

Souza, T. A; Brito, M. E. M; Frota, A. C; Nunes, J. M. Gravidez na adolescência: percepções, comportamentos e experiências de familiares. Rev Rene. 2012.

Mendonça MMG, Abreu PDL, Rocha AA, Silva MA. Abordagem grupal como estratégia de cuidado no pré-natal. SANARE. SOBRAL, 13(2):78-85, 2014.

Cossa PP, Jardim PDO. Enfermeiro na educação em saúde na adolescência nos últimos dez anos. Rer. Enferm. UNISA. 2011.

Castanharo RCT. A percepção de adolescentes gestantes acerca dos papéis ocupacionais e do futuro papel materno [dissertação]. Curitiba: Universidade Federal do Paraná -- 2011.

Foti D. Atividade da vida diária. In: Pedretti LW, Early MB. Terapia Ocupacional: capacidades práticas para disfunções físicas. São Paulo: Rocca, 2005. p. 132-183.

AOTA -- Associação Americana de Terapia Ocupacional. Estrutura da prática da Terapia Ocupacional: domínio & processo. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo. 26: 1-49. 2015.

AOTA -- Associação Americana de Terapia Ocupacional. Estrutura da prática da Terapia Ocupacional: domínio & processo. Rev. Triang.:Ens. Pesq.Ext. Uberaba -- MG, 3(1):57-147. 2010.

Pessoa VD. Pesquisa-ação: proposição metodológica para o planejamento das ações nos serviços de atenção primária no contexto da saúde ambiental e da saúde do trabalhador. INTERFACE. BOTUCATU, 17(45):301-314, 2013.

Castro ED, Mecca RC. Pesquisa-Ação na interface arte e saúde. In: Oliveira IBD, Araújo LS. (Org.). Belém: Ed. Amazônia, 2009. p. 69-96.

Folle E, Geib LT. Representações sociais das primíparas adolescentes sobre o cuidado materno ao recém-nascido. Rev Latino-am Enfermagem. 12(2):83-90. 2004.

Andrade ML, Brito MC, Freitas CL. Planejamento familiar: um recurso estratégico à maternidade responsável de adolescentes primíparas. S A N A R E. 12(1):27-32, 2013.

Farias R, Moré CO. Repercussões da Gravidez em Adolescentes de 10 a 14 Anos em Contexto de Vulnerabilidade Social. Psicologia: Reflexão e Crítica. 25(3),596-604, 2012.

Ferreira, R.A.; Ferriani, M. G.; Mello, D. F.; Carvalho, I. P.; Cano, M. A.; Oliveira, L. A. Análise espacial da vulnerabilidade social da gravidez na adolescência. Cad. Saúde Pública. 28(2):313-323, 2012.

Rosa, A. J. Novamente grávidas: adolescentes que com maternidades sucessivas em Rondonópolis - MT. [Tese de doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2007.

Sampieri RH, Collado CF, Lucio MP. Metodologia de pesquisa. Porto Alegre: Ed. Penso, 2013. P. 514-525.

Silvestrini, M. S.; Cardoso, M. L. M.; Rego, B. R. Desafios na construção de um grupo de gestantes na Unidade de Saúde da Família. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, 22 (3): 603-607, 2014.

Pontes, T. B.; Polatajko, H. Habilitando ocupações: prática baseada na ocupação e centrada no cliente na Terapia Ocupacional. Cad. Ter. Ocup. UFSCar. 24(2):403-412, 2016.

Martins, L. A., Camargo, M. J. G. O significado das atividades de Terapia Ocupacional no contexto de internamento de gestantes de alto risco. Cad. Ter. Ocup. UFSCar. 22(2):361-371, 2014.

Aguiar, R. S.; Araújo, M. A.; Costa, M. A.; Aguiar, N. Orientações de enfermagem nas adaptações fisiológicas da gestação. Cogitare Enferm. 18(3):527-31,2013.

Olsson C, Nilson--wikmar LH. Related Quality of Life and Physical Ability Among Pregnant Women with and Without Back Pain in Late Pregnancy. Acta Obstet Gynecol.2004.

Araújo NM, Salim NR, Gualda DMR, Silva LCFP. Corpo e sexualidade na gravidez. Rev Esc Enferm USP. 46(3): 552-558, 2012.

Burton GU. Sexualidade e Disfunção Física. In: Pedretti LW, Early MB. Terapia Ocupacional: capacidades práticas para disfunções físicas. 5. ed. São Paulo: Roca, 2005. p. 226-240.

Freda M. Seção 2 -- Tratamento das atividades de vida diária: Sexualidade e incapacidade. In: Neistadt ME, Crepeau EB. Willard & Spackman Terapia Ocupacional. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. p. 338-342.

Marques RK, Chaves SM, Gonzaga MG. A importância da terapia ocupacional no pré-parto, parto e puerpério. [acesso em 2016 nov 20] Disponível em: file:///C:/Users/User/Downloads/830-2067-1-PB.pdf108-112p

Rocha, LB. Análise da intervenção domiciliar da terapia ocupacional em crianças com paralisia cerebral. [Tese de mestrado]. Campo Grande: Universidade Católica Dom Bosco; 2003.

Santos LS. Mielomeningocele. In: Teixera E. et al. Terapia Ocupacional na reabilitação física. 1ª ed. São Paulo: Roca, 2003. cap. 25.

Viduedo AFS. O cliclo vigília-sono nos trimestres gestacionais [Disseratação]. Faculdade de Ciências Médicas: Universidade Estadual de Campinas;2007.

Cruz JA, Guarany NR. Desempenho ocupacional e estresse. Rev Ter Ocup. Univ São Paulo. 26(2):201-6. 2015.

Castanharo RCT, Wolff LDG. O autocuidado sob a perspectiva da Terapia Ocupacional: análise da produção científica. Cad. Ter. Ocup. UFSCar. 22(1):175-186, 2014.

Téléchargements

Publié-e

2017-11-01