A satisfação de indivíduos com artrite reumatóide com o uso de tecnologia assistiva/The satisfaction individuals with reumathoid artritis and assistive technology usage

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto25021

Palavras-chave:

Artrite Reumatoide, Terapia Ocupacional, Equipamentos de autoajuda, Satisfação do paciente

Resumo

Introdução: A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune e progressiva que afeta as articulações, causando problema no desempenho ocupacional. O terapeuta ocupacional intervém na conservação de energia, proteção articular e prescrição dos recursos de Tecnologia Assistiva (TA) para favorecer a funcionalidade. Compreender a satisfação com uso da TA é importante para melhorar o desenvolvimento, indicação e uso dos recursos. Objetivo: Identificar o grau de satisfação com uso da Tecnologia Assistiva por indivíduos com artrite reumatoide. Métodos: Estudo observacional, transversal, descritivo, do tipo série de casos. Realizado no ambulatório de Terapia Ocupacional de um Hospital de referência em Recife, no período de março a agosto de 2016. A amostra foi composta por 10 pacientes. Foi aplicado o instrumento B-QUEST (2.0) e como dados secundários utilizou-se a ficha de avalição inicial (aspectos sociodemográficos e clínicos). Para análise dos dados, foi realizada estatística descritiva para cálculo da frequência das variáveis. Resultados: Os pacientes apresentaram média de idade de 52,7 anos. Todas do sexo feminino, a maioria com escolaridade de ensino fundamental incompleto e usavam mais de um recurso de TA. De acordo com o B-QUEST (2.0) o grau de satisfação foi 4,59 (±0,37). Discussão: Os indivíduos com AR se mostraram totalmente satisfeitos com a utilização dos recursos de TA e com os serviços de assistência recebidos. Entende-se, pois, que o uso da TA pode minimizar a dor, prevenir deformidades e promover melhor desempenho ocupacional. Conclusão: O estudo possibilitou afirmar que os indivíduos com AR estavam totalmente satisfeitos com a utilização da TA.

 

Abstract

Introduction: Rheumatoid Arthritis (RA) is an autoimmune and progressive disease that affects articulations and causes occupational performance’s problem. In order to improve functionality, the occupational therapist works improving energy conservation, protection of articulation and prescription of Assistive Technology (AT) resources. It is important to understand the satisfaction of TA usage for improvement in the development, indication and use of these resources. It is important to understand the satisfaction of TA usage to improve the development, indication and use of these resources. Objective: To identify the satisfaction level of AT usage by individuals with Rheumatoid Arthritis. Methods: It is presented an observational, cross-sectional, descriptive and case series study. The study was completed between March and August of 2016, in a rheumatology outpatient clinic of a reference Hospital in Recife city. The sample consists of 10 patients. The instrument B-QUEST (2.0) was used associated with the initial evaluation form (sociodemographic and clinical factors). The data analysis incorporated a descriptive statistic for frequency of variables’ calculation. Results: The patient’s average age was 52,7 years, all females. Majority of participants presented incomplete elementary school and adopted more than one AT resource. According to the B-QUEST (2.0) the satisfaction level was 4,59 (±0,37). Discussion: The individuals with RA were fully satisfied with the AT resources and the assistance services received. Therefore, the use of AT can minimize pain, prevent deformities and promote occupational performance. Conclusion: The study concluded that individuals with RA were completely satisfied with the AT usage.

Key words: Rheumatoid arthritis, Occupational therapy, Self-help equipament, Patient satisfaction.

 

Resumen

Introducción: La artritis reumatoide (AR) es una enfermedad autoinmune y progresiva que afecta las articulaciones, causando un problema en el desempeño ocupacional. El terapeuta ocupacional interviene en la conservación de energía, protección articular y prescripción de los recursos de Tecnología Asistiva (TA) para favorecer la funcionalidad. Comprender la satisfacción con el uso de la TA es importante para mejorar el desarrollo, la indicación y el uso de los recursos. Objetivo: Identificar el grado de satisfacción con el uso de la Tecnología Asistiva por individuos con artritis reumatoide. Métodos: Estudio observacional, transversal, descriptivo, del tipo serie de casos. Realizado en el ambulatorio de Terapia Ocupacional de un Hospital de referencia en Recife, en el período de marzo a agosto de 2016. La muestra fue compuesta por 10 pacientes. Se aplicó el instrumento B-QUEST (2.0) y como datos secundarios utilizamos el formulario de evaluación inicial (aspectos sociodemográficos y clínicos). Para el análisis de los datos, se realizó la estadística descriptiva para el cálculo de la frecuencia de las variables. Resultados: Los pacientes presentaron un promedio de edad de 52,7 años. Todas las mujeres, la mayoría con escolaridad de enseñanza básica incompleta y usaban más de un recurso de TA. De acuerdo con el B-QUEST (2.0) el grado de satisfacción fue 4,59 (± 0,37). Discusión: Los individuos con AR se mostraron totalmente satisfechos con la utilización de los recursos de TA y con los servicios de asistencia recibidos. Se entiende, pues, que el uso de la TA puede minimizar el dolor, prevenir deformidades y promover mejor desempeño ocupacional. Conclusión: El estudio posibilitó afirmar que los individuos con AR estaban totalmente satisfechos con la utilización de la TA.

Palabras clave: Artritis reumatoide, Terapia ocupacional, Equipos de autoyuda, Satisfacción del paciente.

 

Biografia do Autor

Renata Maria Conceição, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Terapeuta ocupacional graduada pela Universidade Federlal de Pernambuco (UFPE). Residente em Saúde da Mulher no Hospital das Clínicas (HC UFPE).

Daniela Salgado Amaral, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Docente do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Danielle Carneiro de Menezes Sanguinetti, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Docente do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Amanda Cavalcanti Belo, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Terapeuta ocupacional do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE)

Valéria Moura Moreira Leite, Universidade Federal de Pernambuco(UFPE)

Docente do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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Publicado

30-04-2020

Edição

Seção

Artigo Original