Institucionalização, qualidade de vida e autoestima de mulheres idosas: um estudo qualitativo
Institutionalization, quality of life and self-esteem of elderly women: a qualitative study
DOI:
https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto61152Palavras-chave:
Terapia Ocupacional. Idosos. Instituição de Longa Permanência para Idosos. Qualidade de Vida. Autoimagem.Resumo
Introdução: As mulheres brasileiras ao longo de suas vidas possuem muitas questões que influenciam na qualidade de vida e autoestima, e na velhice não seria diferente. Dentre os fatores que podem influenciar na qualidade de vida está a institucionalização, que gera uma ruptura de vida e de ocupações. Diante disso, o terapeuta ocupacional é o profissional habilitado para intervir e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida e a autoestima das mulheres idosas. Objetivo: Compreender o impacto da institucionalização na qualidade de vida e na autoestima de idosas residentes em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. Métodos: Estudo transversal de caráter qualitativo, com utilização de entrevista semiestruturada como instrumento e, para análise de dados, a metodologia proposta por Gibbs. Resultados: Através das respostas das entrevistadas analisou-se que: as participantes do estudo, em grande maioria, possuem percepções negativas sobre velhice e envelhecimento; deixaram de desempenhar alguns papéis e ocupações depois da institucionalização; os resultados não demonstraram relação entre o tempo de institucionalização com a percepção de qualidade de vida e autoestima; e que a percepção que as idosas possuem acerca da autoestima e qualidade de vida é influenciada por experiências passadas. Conclusão: A institucionalização poderá ser um fator com impacto positivo ou negativo, de acordo com a vida pregressa e experiência de cada idosa
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