O JUIZ-ROBÔ E O CREPÚSCULO DA ATIVIDADE DECISÓRIA HUMANA
DOI:
https://doi.org/10.21875/tjc.v6i0.44813Palavras-chave:
Teste de Turing Jurídico. Algoritmo. Inteligência Artificial. ContraditórioResumo
O presente texto aborda a questão da utilização de algoritmos de inteligência artificial com finalidade decisória. Explora-se as noções fundamentais sobre algoritmos, inteligência artificial e vieses cognitivos. As questões do subjetivismo e da discricionariedade também são exploradas e empreende-se um esforço para compreensão da adequação do “teste de Turing jurídico”. Ao final, indica-se que o momento atual revela um declínio do ato decisório, agora terceirizado para assessores, estagiários e algoritmos.
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