Comparação entre o peso da iconicidade na leitura orofacial por surdos e ouvintes durante a fase de pré-alfabetização

Autores

  • Emily Silvano Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Kate Bárbara Mendonça Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Aniela Improta França Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2018.v14n3a25508

Palavras-chave:

Arbitrariedade, iconicidade, pré-alfabetização, leitura orofacial, pareamento letra/som, crianças surdas.

Resumo

Este artigo se propõe a discutir o tema da iconicidade-arbitrariedade linguística (Saussure, 1916) no contexto de pré-alfabetização. Antes da instrução explícita, a criança pode se perguntar como decodificar a relação fala-escrita e uma das hipóteses por vezes nutrida é de cunho icônico: há pareamento entre o tamanho da palavra escrita e da coisa que ela representa (PIAGET, 1962). No âmbito arbitrário, há trabalhos que demonstram que crianças a partir de 3 a 9 meses de idade, fase pré-fala, já são capazes de compreender muitas palavras e até pseudopalavras geradas em ambiente de teste e, portanto, não icônicas (LIMA, 2009; WAXMAN & LIDZ, 2006; WAXMAN ET AL, 2009; SHI, 2014). Contudo, para indivíduos surdos, alvo de nosso interesse, que usam língua de sinais como L1, reconhecidamente mais icônica, quais estratégias default de pareamento são usadas antes da instrução formal? Essa é a pergunta que o presente estudo busca responder. Um teste experimental foi elaborado a fim de verificar a preferência de crianças surdas e ouvintes na escolha de palavras e pseudopalavras escritas na representação da mesma articulada, por meio de um vídeo, observando, assim, se fatores icônicos pesam mais significativamente no pareamento letra/som do que fatores arbitrários.

 

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DOI: http://dx.doi.org/10.31513/linguistica.2018.v14n3a25508

Biografia do Autor

Emily Silvano, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutoranda em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2018). Pós-Graduada em Psicopedagogia e Educação Especial pela Universidade Veiga de Almeida.Possui graduação em Fonoaudiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2010). Atualmente é fonoaudióloga da Prefeitura Municipal de Resende. Tem experiência na área de Fonoaudiologia, com ênfase em Fonoaudiologia, atuando principalmente no seguinte tema: fonoaudiologia. 

Kate Bárbara Mendonça, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutoranda em Linguística, Mestre em Linguística (2015), Bacharela (2012) e Licenciada em Letras - Português/ Literaturas (2013) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. 

Aniela Improta França, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Aniela Improta Franca concluiu o doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2002, tendo estagiado no Cognitive Neuroscience of Language Lab da Universidade de Maryland, USA, no Instituto de Neurologia da UFRJ e no Ambulatório de AVC da UFF. É Professor Associado do Departamento de Linguística da UFRJ, Coordenadora da Pós Graduação em Linguística (2015-2017) e membro efetivo do Programa Avançado de Neurociência (PAN-UFRJ). Desde 2006 coordena o Laboratório de Acesso Sintático - ACESIN formando alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado em teoria linguística, e em pesquisa psicolinguística e de neurociência da linguagem. Atuou como Coordenadora do GT de Psicolinguística da Anpoll (Associação Nacional de Pós-graduação de Pesquisa em Letras e Lingüística) no biênio 2008-2010 e Coordenadora da Pós Graduação em Linguística da UFRJ de 2015-2017. É Pesquisadora do CNPq, Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, Membro da Rede Nacional de Ciência para Educação (Rede CpE), coordenadora do projeto de internacionalização da pós-graduação em linguistica da UFRJ junto ao Projeto CAPES-PrInt (quadriênio 2018-2022). 

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Publicado

2018-12-30