Penalidade do Nome Repetido: um efeito multifatorial

Autores

  • Eva Vilma Aires Cabral Gondim Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  • Marcio Martins Leitão Universidade Federal da Paraíba - UFPB https://orcid.org/0000-0003-2385-1636
  • Matheus de Almeida Barbosa Universidade Federal da Paraíba - UFPB

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2020.v16nEsp.a38165

Palavras-chave:

Psicolinguística Experimental, Processamento Anafórico, Penalidade do Nome Repetido.

Resumo

Este artigo investigou o processamento anafórico de nomes repetidos e pronomes plenos em Português Brasileiro (PB), focando aspectos teóricos e metodológicos relacionados ao efeito da Penalidade do Nome Repetido (PNR), que consiste em um aumento de custo de processamento de nomes repetidos quando comparados com pronomes no estabelecimento da correferência.  Neste estudo, apresentaremos dois experimentos que conduzimos com a técnica de leitura automonitorada manipulando os fatores: tipo de retomada (nome repetido, pronome pleno); quantidade de antecedentes humanos (um ou dois antecedentes), e controlando a forma de segmentação/aferição do tempo de leitura (aferição do tempo de leitura apenas da retomada, aferição do tempo de leitura da sentença inteira que continha a anáfora). Os resultados encontrados apontaram para uma possível interação entre esses fatores influenciando a ocorrência ou não da PNR, fortalecendo a nossa hipótese geral de que essa penalidade é um efeito multifatorial, o que pode explicar os resultados divergentes encontrados na literatura sobre a PNR em PB.

Biografia do Autor

Eva Vilma Aires Cabral Gondim, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Graduada em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (2014) e em Sistema para Internet pela Faculdade de Tecnologia de João Pessoa (2008). Possui MBA em Gestão de Pessoas pelo Instituto de Educação Superior da Paraíba (2010). É mestre pelo Programa de Pós-graduação em Linguística (PROLING) da UFPB e desenvolve estudos na área de Psicolinguística Experimental com foco em Processamento Correferencial.

Marcio Martins Leitão, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Possui graduação em português – Literaturas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997), mestrado em Lingüística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001), doutorado em Lingüística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005) e Pós-doutorado em Psicolinguística pela Universidade de Lisboa (Financiado pela CAPES). Atualmente é professor associado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e coordena o LAPROL (Laboratório de Processamento Lingüístico), Além disso, foi coordenador do GT de Psicolinguística da ANPOLL no biênio 2013-2014 e é membro da Rede de Ciência para Educação – REDE CpE. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Psicolingüística Experimental, atuando principalmente nos seguintes temas: processamento da correferência, processamento anafórico, processamento linguístico e patologias relacionadas a linguagem (Afasia, Alzheimer, Gagueira), e processamento linguístico em aprendizes de L2. Tem interesse também na interface entre Processamento Linguístico e Educação, além de divulgação científica.

Matheus de Almeida Barbosa, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Doutorando em Linguística pelo Proling (UFPB) e Mestre pelo mesmo programa. Possui graduação em Letras, Lingua Inglesa (2018) e em Odontologia (2010) pela Universidade Federal da Paraíba. Esteve em período de Doutorado Sanduíche na Universidade de Massachusetts Amherst (EUA) pelo ano letivo 2018-2019. Desenvolve pesquisa na área de Psicolinguística Experimental com ênfase no Processamento Linguístico por Bilíngues. Também tem interesse em estudos relacionadas à correferência e na área de Linguística Aplicada, no processo de ensino-aprendizagem de Língua Inglesa, e em Aquisição de Segunda Língua.

Publicado

2020-11-07