Quando dizer é fazer parentesco: contribuições sobre a prática da economia dos termos de parentesco entre ribeirinhos da Amazônia Paraense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2021.v17n1a39403

Palavras-chave:

ribeirinhos, organização social, antropologia, linguística, Amazônia.

Resumo

Este artigo visa a compreender de que maneira práticas linguísticas presentes no léxico local revelam práticas de parentesco entre ribeirinhos da região paraense do rio Tocantins. Ancorado no trabalho de campo, a partir de uma observação participante e descrições etnográficas, este trabalho traz reflexões sobre o idioleto desta região, onde termos como primo, parente e compadre são utilizados para estabelecer relações sociais, que podem ser lidas pelas teorias da aliança de parentesco. Antropólogos, sociólogos e linguistas procuraram apresentar a cultura como um conjunto de práticas e um conjunto de símbolos. Contudo a língua e o signo linguístico têm a capacidade de ser performáticos, no sentido de estabelecerem relações factuais e pragmáticas. Por ser o parentesco uma mutualidade do ser que se manifesta em diferentes relações (materiais ou não), e a língua e a linguagem, neste caso, expressões faladas de seus códigos linguísticos, percebe-se que a linguagem ribeirinha revela as relações de parentesco na região tocantina, sobretudo no igarapé Acaputeua, estabelecendo um jogo que se expressa e se cria, entre outras coisas, pelos termos de parentesco.

Biografia do Autor

Leonne Domingues Alves, Instituto Federal do Pará (IFPA)

Mestre em Sociologia e Antropologia (UFPA); Especialista em Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agroambiental da Amazônia (UFPA/INEAF); Bacharel e Licenciado em Ciências Sociais (UFPA); Professor de Sociologia no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA).

Downloads

Publicado

2021-04-12