Usos de “pero bueno”, “pero vamos” e “pero claro” no Espanhol peninsular coloquial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2023.v19n1a57268

Palavras-chave:

pero bueno, pero vamos, pero claro, gramática discursivo-funcional., espanhol

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar os papéis do juntor pero em combinação com bueno, vamos e claro em um corpus do espanhol peninsular falado sob perspectiva funcionalista. O aparato teórico-metodológico utilizado é o da Gramática Discursivo-Funcional (Hengeveld; Mackenzie, 2008). Sob essa perspectiva, verificou-se que pero, ao acompanhar elementos como bueno, vamos, e claro, pode conferir sentido contrastivo e codificar a função retórica Concessão, quando atua como operador de Ato Discursivo, ou pode atuar exclusivamente no monitoramento da interação. Esses dois usos são codificados de forma diferente no Nível Fonológico, o que foi constatado por meio do programa Praat. Quando atua como operador de Ato, pero apresenta o padrão entonacionoal complexo descendente-ascendente; por outro lado, quando atua no monitoramento da interação, pero apresenta o padrão entonacional descendente. O universo de investigação é embasado no corpus PRESEEA (Proyecto para el Estudio Sociolingüístico del Español de España y de América), base de dados disponível online.

Biografia do Autor

Talita Storti Garcia, Universidade Estadual Paulista - UNESP/Ibilce

É graduada em Licenciatura em Letras com habilitação em Espanhol (2003), Mestre em Estudos Linguísticos (2006) e Doutora em Estudos Linguísticos (2010) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Realizou estágio de Doutorado Sanduíche na Universidad Complutense de Madrid, Espanha, no período de fevereiro a julho de 2009. Atua como professora Assistente Doutora do Departamento de Letras Modernas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP/IBILCE). É pesquisadora na área de Linguística, com ênfase em Teoria e Análise Linguística, com interesse na Descrição Funcional de Língua Falada e Escrita (português e espanhol). Em 2021 organizou as obras "Linguística Funcional: retrospectivas, atuações e diálogos: uma homenagem à prof. Erotilde Goreti Pezatti" em coautoria com Edson Rosa Souza, Joceli Stassi-Sé e Norma Novaes Marques (Editora Pontes) e "Pesquisas em Linguagem: diálogos com a contemporaneidade", em coautoria com Lília Abreu-Tardelli e Anise Ferreira (Editora Pontes). Atualmente é vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação (PPGEL) da UNESP/Ibilce (quadriênio 2021-2024)

Carolina da Costa Pedro, Universidade Estadual Paulista - UNESP/Ibilce

Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", com financiamento da CAPES, e graduada em Licenciatura em Letras com habilitação em Português/Espanhol pela mesma instituição. Durante a graduação, realizou intercâmbio na Universidad de Santiago de Compostela, Espanha. Atualmente desenvolve pesquisa em nível de Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (conceito CAPES 6) da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), Campus IBILCE - São José do Rio Preto, e também é membro do Grupo de Pesquisa em Gramática Funcional (GPGF). 

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Publicado

2023-04-27