Comunicação, cidadania e línguas indígenas no boletim informativo Wayuri

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2023.v19n3a60324

Palavras-chave:

cidadania comunicativa, etnomídia, comunicação comunitária, línguas indígenas, Rio Negro - Amazônia.

Resumo

Neste texto, abordamos o Boletim Wayuri, da Rede de Comunicadores Indígenas do Rio Negro – Wayuri (2017-), na perspectiva da etnocomunicação indígena digital (Barbosa, 2019) e cidadã, defendendo que se trata de uma experiência contemporânea bem-sucedida de comunicação alternativa. O boletim configura-se como produto jornalístico informativo, no entanto, apresenta traços que permitem entendê-lo como experiência e prática ampliadas em relação ao jornalismo convencional (Renata Tupinambá, 2016), na perspectiva da etnomídia (Tupinambá, 2016; Kaseker e Ribeiro, 2018; Santi; Araújo, 2022) e da cidadania comunicativa (Costa Filho, 2021). A partir de Maldonado, Carneiro e Anápuáka Muniz Tupinambá Hã Hã Hãe (2021), entendemos que a Rede Wayuri e seu boletim se inscrevem em um cenário alternativo orientado por uma “ambiência etnomidiática indígena brasileira” potente, que inclui na disputa comunicacional lógicas minoritárias e suas diversidades, tanto pelo foco especializado das pautas quanto pela presença de línguas e outros elementos culturais indígenas do território do Rio Negro

Biografia do Autor

Lilian Reichert Coelho, Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

Professora lotada no Centro de Formação em Políticas Públicas e Tecnologias Sociais do Campus Jorge Amado (Itabuna) da Universidade Federal do Sul da Bahia. Graduada em Comunicação Social/Jornalismo (UEL), Mestre em Estudos Literários (UNESP-Araraquara), Doutora em Letras (UFBA). Professora permanente dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM/UFRB) e em Estado e Sociedade (PPGES/UFSB).

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Publicado

2023-12-15