The production of length contrast by Brazilian L2 English Learners: a Maximum Entropy Model of cue weighting

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2024.v20n3a65367

Resumo

Este estudo investiga como aprendizes brasileiros de inglês como segunda língua produzem o contraste de duração entre vogais longas ([i, u]) e vogais curtas frouxas ([ɪ, ʊ]), com foco em estratégias de ponderação de pistas. Dado que o Português Brasileiro não apresenta contraste fonêmico na duração das vogais, uma questão que se coloca é como os aprendizes adquirem essa propriedade em inglês. O estudo avalia a influência de pistas acústicas como duração da vogal, F1 e F2 na produção dos alunos em diferentes níveis de proficiência. Usando pontuações de Pillai para avaliar a separação de categorias e um modelo de Máxima Entropia (MaxEnt) para estimar os pesos das pistas, a análise revela como essas pistas são integradas nos sistemas fonológicos dos alunos. Os resultados mostram que os alunos com menor proficiência dependem fortemente da duração das vogais, enquanto os alunos com maior proficiência incorporam pistas espectrais (F1, F2) de forma mais consistente, especialmente para contrastes de vogais anteriores ([i, ɪ]). Para vogais posteriores ([u, ʊ]), no entanto, mesmo alunos avançados mostram integração limitada de pistas, conforme indicado pela sobreposição significativa em seu espaço acústico. As pontuações de Pillai demonstram maior separação de categorias para alunos avançados, especialmente nas vogais anteriores, mas permanecem inconsistências nas distinções de vogais posteriores. A análise MaxEnt destaca que a duração recebe pesos mais elevados para contrastes de vogais posteriores, enquanto F1 e F2 desempenham papéis mais significativos para contrastes de vogais anteriores em níveis de proficiência mais elevados. Estas descobertas sugerem que, embora os alunos ajustem progressivamente as suas estratégias de ponderação de pistas à medida que os níveis de proficiência aumentam, os efeitos de transferência de L1 permanecem proeminentes, particularmente na dependência da duração da vogal, contribuindo assim para a nossa compreensão de como os contrastes fonológicos de L2 são desenvolvidos.
Palavras-chave: Ponderação de pistas. Contraste de duração. Modelo de Máxima Entropia. Aquisição de Fonologia de L2. Vogal.

Biografia do Autor

Flora Dilza Ngunga, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Mestra (2024) em Linguística Teórica e Descritiva pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da UFMG e graduada (2016) em Letras (Licenciatura em Inglês) na mesma universidade. Experiência docente com alunos do Centro Pedagógico da UFMG. Experiência docente de Inglês para turmas multiníveis na Thoughtworks. Tem grande interesse na área de Linguística teórica, descritiva e aplicada, especificamente, em Fonética e Fonologia.

Maria Mendes Cantoni, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

professora adjunta na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Possui graduação em Língua Portuguesa e em Língua Latina (UFMG, 2006), mestrado em Linguística (UFMG, 2009) e doutorado em Linguística (UFMG, 2012). Realizou estágio de doutorado sanduíche no Lyon Neuroscience Research Center (França, 2011) e pós-doutorado na UFMG (2014). Exerce atividades de docência, pesquisa e extensão nas áreas de Fonética e Fonologia Experimental, Prosódia, Linguística Cognitiva, Ciência e Tecnologia da Fala.

Wellington Araújo Mendes Jr., Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Professor Adjunto do Instituto de Letras e Linguística da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atua no Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL/UFU), na linha Teoria, Descrição e Análise Linguística. Doutor em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com estágio de pesquisa na University of Groningen (Holanda). Mestre em Linguística Teórica e Descritiva pela UFMG. Especialista em Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa pela UFMG. Certificado em English Language Teaching pela University of Toronto (Canadá). Membro do grupo de pesquisa Fonologia Cognitiva: Investigação de Padrões Sonoros Emergentes (CNPq). Membro do GEFONO: Grupo de Pesquisa e Estudos em Fonologia (UFU/CNPq). Membro do ALLAB - Laboratory of Applied Linguistics (Rijksuniversiteit Groningen). Principais áreas de interesse: Fonologia de Laboratório, Morfologia Derivacional, Gramática de Construções, Linguística Cognitiva e estudos formais de língua.

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Publicado

2024-12-28

Edição

Seção

Dossiê: XIV Workshop on Formal Linguistics