Language in schizophrenia: interpreting structural deficits

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2024.v20n3a65561

Resumo

Este artigo tem como objetivo fornecer uma visão das anomalias de linguagem observadas em pacientes com esquizofrenia, provendo os critérios diagnósticos da desordem e uma caracterização detalhada das questões linguísticas observadas. Focando na gramática enquanto sistema cognitivo, entendido como mecanismo combinatorial responsável por tecer som/sinal e significado de maneira produtiva, apresentamos os déficits gramaticais de natureza morfológica, sintática, semântica e pragmática, explorando a hipótese de que a esquizofrenia leva a uma redução da complexidade gramatical. Trazemos, ainda, diferentes métodos de coleta e análise de dados, incluindo abordagens linguísticas formais modernas, técnicas de processamento de linguagem natural (PLN) e suas intersecções. Os resultados discutidos indicam o grande potencial da linguagem como biomarcador da esquizofrenia, sendo particularmente reveladores no que tange à estruturação gramatical frente à desordem.
Palavras-chave: Esquizofrenia. Sintaxe. Semântica. Pragmática. Morfologia.

Biografia do Autor

João Victor de Oliveira Miranda e Silva, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Possui graduação em Letras - Inglês pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2018) e mestrado em Estudos da Linguagem - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2021). Atualmente: Doutorado - Estudos da Linguagem (PUC-Rio). Atuando principalmente nos seguintes temas: pronomes, linguagem em esquizofrenia, sintaxe, coleta automática de dados, NLP.

Monica F Chaves, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Possui graduação em Letras - Português e Inglês pela Universidade Estácio de Sá (2008), Pós-Graduação Lato Sensu em Literaturas de Língua Inglesa pela a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ (2010), Pós-Graduação Lato Sensu em Formação de Professores de Português para Estrangeiros na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC – RJ (2014), Mestrado em Estudos da Linguagem - PUC -RJ (2017), e doutorado em Estudos da Linguagem na PUC-RJ (2022). Áreas de interesse são linguagem e cognição: linguística formal (sintaxe, semântica, pragmática e interfaces), neurociência, psiquiatria e psicologia cognitiva. Tem interesse especial por questões que envolvem o surgimento e a evolução da linguagem, em especial questões sobre linguagem nos transtornos mentais.

Cilene Rodrigues, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Docente/pesquisadora da PUC-Rio, bolsista de produtividade do CNPq. Foi coordenadora do GTTG-ANPOLL, e é atualmente coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da PUC-Rio. Coordenada também o grupo de Pesquisa do CNPq "The great leap forward: investigations into the evolution of human language". Possui graduação em Letras pela Universidade de Brasília, mestrado em Linguística pela Universidade de Brasília e PhD em Linguística/Teoria Formal da Gramática pela University of Maryland. Em linguagem cognição, conduz investigações sobre os impactos das desordens mentais sobre a linguagem, particularmente sobre o sistema combinatorial. Em linguística Formal, conduz pesquisas em sintaxe teórica, experimental e comparada, em línguas da América do Sul, com foco em complexidade sintática e questões de interface. Em linguística evolutiva, tem interesse em aspectos de ordem afetiva e sensorial vs. aspectos de ordem cognitiva, com pesquisas em comunicação animal, ideofones e interjeições.

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Publicado

2024-12-28