On the syntactic structures of entity nouns

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2024.v20n3a65594

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar os Nomes de Entidade do português brasileiro (PB), com ênfase em seu histórico derivacional e sua estrutura argumental. A metodologia adotada envolve a adoção do arcabouço teórico da Morfologia Distribuída, a partir de que se desenvolvem dois procedimentos: (i) uma breve revisão da literatura sobre nominais que denotam entidades, e (ii) a análise qualitativo-interpretativa de dados do PB, para verificar se seu comportamento segue aquilo previsto pela literatura. Dentre os dados analisados, estão derivados nominais, sejam eles morfologicamente mais simples (ou seja, nominalizações de raízes), como jogo e mesa, ou mais complexos (com a presença de mais camadas funcionais, inclusive com morfemas categorizadores expresso), como pagamento e notificação. Esses nomes são inseridos em sentenças inventadas (procedimento típico de empreendimentos da Gramática Gerativa Transformacional, para que seja possível forçar a leitura desejada e verificar dados negativos). Os resultados revelam que os Nomes de Entidade, contrariando trabalhos da literatura, podem ter as mesmas estruturas funcionais dos Nomes de Eventualidade. Assim, podem sim ser deverbais e apresentar uma grade argumental, inclusive com a presença expressa de argumentos. Essa evidência aponta que os Nomes de Entidade não possuem diferenças morfossintáticas radicais em relação aos Nomes de Eventualidade.
Palavras-chave: Nominalização. Morfossintaxe. Morfossemântica. Morfologia Distribuída.

Biografia do Autor

Thiago Nascimento de Melo, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

É Mestre e doutorando em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGLin) da UFRJ, na linha de pesquisa Gramática na Teoria Gerativa, e graduado Summa Cum Laude em Licenciatura em Letras: Português/Literaturas pela UFRJ. Integra o Laboratório de Morfossintaxe e Estrutura Argumental (LabMArg), onde desenvolve pesquisa sobre categorização, a partir do arcabouço teórico da Morfologia Distribuída. É professor de língua portuguesa, literatura e produção textual no ensino básico.

Alessandro Boechat de Medeiros, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Graduei-me em Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999) e Licenciei-me também em Matemática pela mesma Universidade (2002). Fiz mestrado (2004 ? bolsista CNPq) e doutorado (2008 ? bolsista CNPq e Aluno Nota 10-FAPERJ) em Linguística no Programa de Pós-graduação em Linguística da UFRJ (POSLING), com estágio doutoral na New York Universiy (2006 ? bolsista PDEE-CAPES). Fui bolsista FAPESP de pós-doutorado no programa de pós-graduação em Linguística da Universidade de São Paulo, entre 2008 e 2010. Desde 2010 sou professor do Departamento de Linguística e Filologia da Faculdade de Letras da UFRJ, e desde 2011 sou membro permanente do POSLING. Já fui chefe do Departamento (biênio 2013-2015) e vice-coordenador do programa (biênio 2015-2017). Como pesquisador, trabalho com Teoria e Análise Linguística, seguindo a escola gerativo-transformacional chomskyana e suas derivações mais recentes (em particular o arcabouço teórico da Morfologia Distribuída), investigando temas em morfossintaxe, semântica, estrutura de eventos e argumentos dos verbos, verbos aspectuais, tempo, aspecto e estrutura informacional das sentenças. Entre trabalhos recentes que gostaria de destacar nesta apresentação, sou coautor (juntamente com Maria Cristina Figueiredo Silva - UFPR) do livro Para conhecer morfologia, publicado pela editora Contexto (2016), e coorganizador (juntamente com Andrew Nevins - UFRJ) e autor de um dos capítulos do livro O apelo das árvores ? estudos em homenagem a Miriam Lemle, publicado pela editora Pontes (2018).

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Publicado

2024-12-28

Edição

Seção

Dossiê: XIV Workshop on Formal Linguistics