A comunicação social háptica como forma de adentrar no simbólico: uma visada discursiva

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DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2025.v21n1a66195

Resumo

Este artigo tem como objetivo principal investigar o funcionamento do discurso sobre a Comunicação Social Háptica utilizada com sujeitos surdocegos. Baseia-se na fundamentação teórica da Análise do Discurso materialista, tradição inaugurada por M. Pêcheux, na França, e largamente desenvolvida por E. Orlandi no Brasil. Trata-se de uma disciplina constituída a partir da tríade: linguística, psicanálise e materialismo histórico. Nesse bojo, destacamos as noções teóricas de discurso, sujeito, sentido. De forma a alcançar o objetivo proposto, observamos redes de sentidos que constituem tal discurso e analisamos um recorte de entrevista realizada com uma mulher surdocega. Consideramos que a discursividade analisada aponta para um funcionamento de acréscimo, soma a outras materialidades que concorrem na interação com o sujeito surdocego.
Palavras-chave: Análise do Discurso. Surdocegueira. Comunicação Social Háptica.

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Biografia do Autor

Angela Corrêa Ferreira Baalbaki, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Doutora em Letras pela Universidade Federal Fluminense (2010) e mestre em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2002). É Professora Adjunta do Departamento de Estudos da Linguagem, do Instituto de Letras, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do Programa de Pós-Graduação em Letras da mesma universidade. Coordenadora do projeto ?Estudos sobre bilinguismo: elaboração de materiais para o ensino de português para alunos surdos?, com financiamento de Auxílio à Pesquisa (APQ 1) da FAPERJ, em 2014, e no âmbito do Programa de Apoio Técnico Atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão ? PROATEC (UERJ), desde 2015. Também é bolsista do Programa Prociência (UERJ), desde 2020. Integra o grupo de pesquisa "Grupo Arquivos de Língua" (UFF). Desenvolve pesquisas na área de Análise de Discurso de linha francesa e História das Ideias Linguísticas com ênfase nos seguintes temas: formação de professores de línguas; processo de gramatização de línguas; ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para alunos surdos; discurso de divulgação científica.

Thaís Ferreira Bigate, Instituto Benjamin Constante (IBC)

Doutora em Linguística pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); mestre em Diversidade e Inclusão (2018) pela Universidade Federal Fluminense (UFF); especialista em Língua Portuguesa (2015) pela UERJ; graduada em Letras Português/Literaturas (2012) pela UFF. Professora de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico/Surdocegueira do Instituto Benjamin Constant (IBC) desde 2014, atua como docente do Núcleo de Atendimento Educacional à Pessoa com Surdocegueira (NAEPS). 

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Publicado

2025-04-30