Comunicação social háptica ou língua social háptica?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2025.v21n1a66249

Resumo

Os estudos linguísticos avançaram significativamente desde o Curso de Linguística Geral (1916) que inaugurou essa ciência da observação, descrição, explicação e ensino-aprendizagem das línguas naturais. Essa evolução impactou diversos campos das ciências e se desdobrou no estudo de línguas para além da modalidade vocal-auditiva. No entanto, a comunicação pelo canal háptico ainda tem muito a ser explorada por linguistas em seus diversos níveis. Assim, considerando a epistemologia fundante dos estudos linguísticos, este estudo se propõe a discutir os aspectos comuns das línguas naturais propostos por Hockett (1960) aplicados à Comunicação Social Háptica (CSH). Para isso, analisou-se a compreensão de um enunciado hapterizado relatado por um participante surdocego e observado pelos pesquisadores, por meio do estudo de caso (Gil, 2008). Os resultados indicam a equivalência das treze propriedades de línguas naturais hockeattenas adequando-se aos aspectos específicos da modalidade.
Palavras-chave: Educação especial. Comunicação Social Háptica. Surdocegueira. Modalidade tátil. Universais linguísticos.

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Biografia do Autor

Stephanie Caroline Alves Vasconcelos, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Doutoranda no Programa de Pós Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar e Mestra em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Graduada em Licenciatura Plena em Letras Português e Inglês pela Universidade Federal de São Carlos. Atuou como professora e tradutora/intérprete de Libras contratada na Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, bem como como tradutora-intérprete de Libras/pt contratada no Instituto Federal de Santa Catarina - campus Palhoça. Foi Coordenadora Regional e Professora de português pelo Programa de Intercâmbio Estudantil do Middlebury College e professora assistente de Língua Portuguesa na Yale University pelo programa Fulbright FLTA/Capes. Adquiriu Certificado de Ensino de Inglês para Falantes de Outras Línguas (CELTA - Cambridge) pela Stafford House London. Participou do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID) fomentado pela Capes ensinando inglês em escolas da rede. Lecionou para imigrantes e refugiados pelo projeto de extensão: Lingüística Aplicada: Português para Estrangeiros. Trabalhou como estagiária em Design Instrucional no curso de Engenharia Ambiental na Educação à Distância da UFSCar. Atuou como Tradutora e Intérprete de Libras/PT/Inglês/Espanhol ad hoc em contextos comunitários e de conferência. Atualmente, é Professora Assistente no curso de Bacharelado em Tradução e Interpretação em Língua Brasileira de Sinais / Língua Portuguesa (TILSP) da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar e leciona como professora convidada de tradução e interpretação no PARFOR/UNIFAP, atual TILSP/UEAP. Bem como compõe o Grupo de Pesquisa Surdez e Abordagem Bilíngue (GPSABilíngue) e o Grupo de Estudos e Pesquisas em Inclusão e Comunicação Social Háptica (GEPICSH).

João Paulo Roque Navega, Universidade Metodista de São Paulo (UMESP)

Mestrando em educação pelo Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Metodista de São Paulo, possui licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal de Juiz de Fora e em Matemática pela Universidade Paulista. É especialista em Língua Brasileira de Sinais, Neuropsicopedagogia, Educação Especial e Educação Inclusiva, Neurociências e Educação, Altas Habilidades/Superdotação e Revisão de Textos. Atualmente, exerce a função de neuropsicopedagogo na Clínica Multidisciplinar Vias do Saber e ocupa o cargo de diretor geral na Navega Leal Consultoria Pedagógica. É membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Inclusão e Comunicação Social Háptica (GEPICSH) da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), onde integra a comissão de secretaria.

João Paulo da Silva, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

É graduado em Letras pelo Centro Universitário Fundação Santo André (2007), especialista em tradução e interpretação em libras e português pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (2010), mestre (2014) e doutor (2023) em Letras - Linguística pela Universidade de São Paulo. É professor no Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desde 2016, atuando no Curso de Bacharelado em Tradução e Interpretação Libras/Língua Portuguesa (TILSP). Atualmente exerce a função de coordenador de curso (2023-2025). É membro do Laboratório Linguagem, Interação, Cultura e Cognição (LLICC-USP), e atua na área de descrição e análise linguísticas. Seu principal interesse de pesquisa é o estudo e da intercorporealidade e da multimodalidade características das interações humanas, com ênfase na descrição da libras.

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Publicado

2025-04-30