Análise do sistema fonológico do conjunto de haptices usado na comunicação de pessoas com surdocegueira no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2025.v21n1a66270

Resumo

O presente artigo desenvolve uma análise fonológica do sistema de Comunicação Social Háptica usado no Brasil (abreviado aqui como CSHB), compilado por Canuto et al. (2019). Fundamentados pelos textos de Lahtinen (2008), Vilela (2018, 2022) e Volpato (2023), entre outros, a análise busca identificar quais parâmetros da fonologia tátil (os haptemas) são mais usados, em quais combinações e com quais fatores de percepção e contexto de uso, condicionando suas distribuições. A partir da elaboração de uma planilha de todas as haptices em Canuto et al. (2019), quantificamos a frequência de cada configuração de mão como haptema, levando também a uma discussão sobre pares mínimos, dependências fonológicas entre haptemas, e a importância de percepção tátil no sistema dessa fonologia de toque empregada durante comunicação envolvendo pessoas com surdocegueira.
Palavras-chave: Sistema fonológico. Comunicação Social Háptica. Surdocegueira. Haptices. Haptemas.

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Biografia do Autor

Thais Bigate, Instituto Benjamin Constant (IBC-Br)

Doutora em Linguística pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); mestre em Diversidade e Inclusão (2018) pela Universidade Federal Fluminense (UFF); especialista em Língua Portuguesa (2015) pela UERJ; graduada em Letras Português/Literaturas (2012) pela UFF. Professora de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico/Surdocegueira do Instituto Benjamin Constant (IBC) desde 2014, atua como docente do Núcleo de Atendimento Educacional à Pessoa com Surdocegueira (NAEPS).

Andrew Nevins, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Possui graduação em ciências cognitivas e ciência da computação pelo Massachusetts Institute of Technology (2000), e doutorado em linguística pelo Massachusetts Institute of Technology (2004). Atualmente é professor titular na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência e produção em linguística, com ênfase em fonologia, morfologia, linguística experimental, e línguas indígenas. É autor de "Locality in Vowel Harmony" (MIT Press, 2010), "When Minoritized Language Change Linguistic Theory" (Cambridge Univ. Press), co-autor de "Morphotactics: Basque Auxiliaries and the Structure of Spellout" (Springer, 2012), co-organizador de "Rules, Constraints, and Phonological Phenomena" (Oxford University Press, 2008) co-organizador de "Inflectional Identity" (Oxford University Press 2008), "Sonic Signatures", (John Benjamins 2017), "Recursion Across Domains" (Cambridge University Press, 2018), "O apelo das árvores" (Pontes, 2018), e "Angles of Object Agreement" (Oxford University Press, 2022). De 2013-2017 foi co-editor da seção Squibs and Discussion do periódico "Linguistic Inquiry" (MIT Press).

Marcia Noronha de Mello, Instituto Benjamin Constant - IBC-Br

Graduada em História pela Universidade Santa Úrsula (1973). Experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial, Surdocegueira e especialização em Saúde Mental da Infância e da Adolescência (2009). Mestre em Educação pela Universidade Estácio de Sá na linha de Políticas Públicas e Gestão (2014). Doutora em Educação pela Universidade Estácio de Sá (2021), Linha de Representações Sociais e Práticas Educacionais, Tecnologia Assistiva. (2021). Professora do quadro permanente do Instituto Benjamin Constant do Rio de Janeiro, Área de Surdocegueira, lotada no Departamento de Estudos, Pesquisas Médicas e de Reabilitação - DMR. Atuação em Cursos de Capacitação e Formação de Professores na Área de Surdocegueira pela Divisão de Extensão e Aperfeiçoamento - DEA do Instituto Benjamin Constant desde 2010. Atua no Núcleo de Atendimento Educacional à Pessoa com Surdocegueira - NAEPS e no Departamento de Educação - DED como Coordenadora da Educação Precoce (2024). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Tecnologia Educacional e Deficiência Visual (GPTec) do Instituto Benjamin Constant. Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Inclusão e Comunicação Social Háptica (GEPISCH), da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Membro do Grupo de Trabalho Sentidos Brasil/Perkins.(2017-)

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Publicado

2025-04-30