Do Artes ao Vivo ao Luanda Slam: marcos da poesia falada em Angola no século XXI

Autores

  • Miriane Peregrino UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.55702/3m.v26i49.53357

Palavras-chave:

spoken word, poetry slam, hip hop, oralidade, MPLA

Resumo

Este artigo apresenta e discute a construção do espaço literário da poetry slam em Angola a partir de três eventos-chave: o Artes ao Vivo, iniciado em 2004 por Lukeny Bamba Fortunato, The Spoken Word Project realizado em 2013 pelo Goethe Institut em Luanda, e o Rio Poetry Slam de 2015, no qual Elisângela Rita participou como representante de Angola antes de criar o Luanda Slam no final daquele mesmo ano. Levaremos em conta ainda a influência do Concerto Liberdade Já! pela campanha pela libertação dos 15+2 e que marcou o tom político de alguns poemas difundidos em 2015, ano de criação do primeiro campeonato angolano de poesia falada.

Biografia do Autor

Miriane Peregrino, UFRJ

Miriane Peregrino é Jovem Pesquisadora Fluminense da FAPERJ com o projecto “A expansão dos campeonatos de poetry slam em países de língua portuguesa”. Tem doutorado em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, Brasil) com período sanduíche (PDSE/CAPES) na Universidade Agostinho Neto (UAN, Angola). Entre 2019 e 2021 realizou estágios de pesquisa no Romanisches Seminar da Universität Mannheim (UNI- Mannheim) e no Portugiesisch-Brasilianisches Institut da Universität zu Köln (Uni-Köln), ambos na Alemanha.

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Harvey Madiba. 2018.

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Pedro Belgio. 2017.

Sábio Louco. 2019.

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Publicado

2022-08-07