A modernidade oculta em Effi Briest de Theodor Fontane
DOI:
https://doi.org/10.55702/3m.v19i32.10268Schlagworte:
Romance do século XIX, Modernidade, Theodor Fontane, Realismo, Sigmund FreudAbstract
Tradução do inglês: Tauan Tinti (IEL-Unicamp)
Revisão técnica: Luciana Villas Bôas (UFRJ)
No centro deste ensaio está o famoso romance, Effi Briest (1894-95), de Thedore Fontane. O texto, tido como ponto alto de um “realismo poético”, marcaria e distinguiria a literatura de língua alemã do realismo e do naturalismo ao estilo de Flaubert e Zola. Em contraposição a esta interpretação corrente, argumenta-se que o texto de Fontane, sob a aparência de uma poeticização do mundo, articula posições epistêmicas centrais da modernidade, em sentido estrito: uma crítica fundamental à legitimação pela tradição; o princípio de
um ceticismo epistemológico; um entendimento da cultura (“alta” ou mais “baixa”) como veículo/instrumento de compensação das faltas suscitadas pela civilização.
Abstract: Im Mittelpunkt dieses Essays steht der berühmteste Roman von Theodor Fontane, Effi Briest (1894-95). Der Text gilt als H¶hepunkt eines “poetischen Realismus”, der prägend sei für die deutschsprachige Literatur und sich vom franz¶sischen Realismus-Naturalismus nach der Art Flauberts und Zolas unterscheide. In Absetzung von dieser gängigen Deutung wird hier vertreten, dass Fontanes Text, unter der Oberfläche einer Poetisierung der Welt, zentrale epistemische Positionen der Moderne im engeren Sinn vermittelt: eine grundlegende Kritik an der Legitimierung durch Tradition; eine prinzipielle Erkenntnisskepsis; ein Verständnis von (“hoher” und “niederer”) Kultur als Vehikeln/ Instrumenten einer Kompensation der Defizite, die mit der Zivilisation einhergehen.
Schlagw¶rter: Roman des 19. Jahrhunderts; Modern, Theodor Fontane; Realismus; Sigmund Freud.
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