O horizonte do poder pastoral e o lugar da mística na genealogia do sujeito do desejo em Michel Foucault
DOI:
https://doi.org/10.55702/3m.v28i55.61888Palabras clave:
Poder pastoral, mística, subjetividade.Resumen
Este artigo visa pensar a obra O espelho das almas simples, da beguina Marguerite Porete, à luz da genealogia do sujeito de desejo pensada por Michel Foucault. Nos termos do filósofo, visamos enquadrar a teologia apofática da autora, apresentada em seu diálogo, como uma contraconduta, isto é, uma recusa ao poder pastoral constituído em nome de uma prática de liberdade, a reivindicação de ser conduzido de outra forma, por outros mestres e para outros fins. Analisamos o sentido da metáfora do espelho na obra enquanto um substituto ao modelo cristão medieval do pastorado na forma de uma direção espiritual livre e vazia de conteúdo doutrinal positivo.
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