2.2 A oferenda sublime (1988, trad. Cecília Cavalcante Schuback)

Autores

  • Jean-Luc Nancy

DOI:

https://doi.org/10.55702/3m.v27i53.61191

Palavras-chave:

Kant, sublime, ilimitado, liberdade

Resumo

O ensaio de Jean-Luc Nancy, “A oferenda sublime”, foi publicado originalmente em 1988, numa antológica coletânea, Du Sublime, organizada pelo mesmo Nancy e Michel Déguy. Nancy contraria toda a tradição negativa do sublime, nas suas múltiplas formulações, desde Longino, passando por Kant, Hegel, entre outros, chegando até a contemporaneidade, com a famosa fórmula de Jean-François Lyortard, a de que o sublime seria uma “apresentação (disso) que há o inapresentável”. Num diálogo com muitas vozes, mas, inspirado, sobretudo, por Benjamin e um certo Heidegger, apesar dele, Nancy revisita vários temas da “Analítica do Sublime” de Kant, como o disforme, a totalidade, o ilimitado (ou a “ilimitação”, como ele prefere cunhar), o infinito. Sua interpretação culmina numa original apresentação do sublime kantiano como uma oferenda, entendida como “o ato – ou a moção, ou a emoção – da liberdade. No duplo sentido de que a liberdade é o que oferece e [...] o que é oferecido – assim como a palavra ‘oferenda’ designa tanto o gesto quanto o presente oferecido.”

Biografia do Autor

Jean-Luc Nancy

Jean-Luc Nancy (1940-2021) foi professor titular e emérito na Universidade Marc Bloch em Estrasburgo, França. Juntamente com o amigo e colega Philipe Lacoue-Labarthe fundou, na década de 1980, o Centro de investigações filosóficas sobre o político. Escreveu inúmeros artigos e livros sobre filósofos clássicos. Com um pensamento original, contribuiu para o pensamento contemporâneo da comunidade, da natureza do político, do sentido e do corpo. Entre as traduções feitas no Brasil de sua obra, destacam-se: Banalidade de Heidegger (Via Verita, 2017); Demanda: Literatura e Filosofia (Argos, 2016); A Comunidade Inoperada (7 Letras, 2016); O Pensamento Despojado (Lumme editor, 2015); Corpo, Fora. (7Letras, 2015); Arquivida: do senciente e do sentido (Iluminuras, 2014); O Mito Nazista: seguido de O espírito do nacional-socialismo e o seu destino, com Philippe Lacoue-Labarthe (Iluminuras, 2002); O Título da Letra (Uma leitura de Lacan), com Philippe Lacoue-Labarthe (Escuta, 1991); O absoluto literário, com Philippe Lacoue-Labarthe (EUnB, 2022).

Referências

KANT, I. Crítica da Faculdade de Julgar. Trad. Fernando Costa Mattos. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora Universitária São Francisco, 2016.

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Publicado

2023-09-29