A LITERATURA E AS REVIRAVOLTAS DO SENTIDO
DOI:
https://doi.org/10.59488/tragica.v8i3.26829Abstract
Os signos, sabemos, são conectores ora compondo sínteses, ora séries heterogêneas. Por vezes carregando sentidos familiares, outras, estranhezas. É o processo de criação desses elos semióticos que vai nos interessar. A literatura nos impressiona pela força inventiva, nela intensificada por sua ousadia em produzir sentidos a partir de nexos entre signos, cuja impertinência os multiplica e os distancia da função meramente descritiva que lhes é atribuída. É por estas vias que a literatura “ prolonga e faz emergir vértices de forças visíveis, que tomam forma a partir do que as suporta, uma pulsação invisível.”1 Por este viés, a narrativa literária está bem longe da pura prática do belo, do exercício do bom senso no uso das regras sintáticas ou ainda da substituição por signos de realidades vividas. É à sua afinidade com a dimensão movente da realidade que daremos atenção. Portanto, deixaremos para trás a função de representação, da recognição que emprestaria regularidade e constância ao eventos, frequentemente procurada nas várias dimensões da linguagem. No lugar, pensaremos na sua potência de lidar com a diferença.Downloads
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