Análise da concepção de Nagel acerca do absurdo da vida humana
DOI:
https://doi.org/10.59488/tragica.v17i1.50456Palabras clave:
Thomas Nagel, absurdo, sentido da vida, expectativa, realidade, justificaçãoResumen
O artigo apresenta os argumentos avançados por Nagel em “The absurd” (1971) para justificar a asserção de que a vida humana é absurda ou destituída de sentido, partindo inicialmente da ideia de que o absurdo envolve sempre uma discrepância entre expectativa e realidade. Ao longo do texto, identificaremos alguns conflitos no desdobramento da concepção de Nagel, como a tentativa posterior de mitigar o peso conferido à discrepância entre expectativa e realidade na eclosão do absurdo, mas que não consegue se manter coerente com as próprias bases do seu pensamento. Além disso, conforme defenderei, outros problemas internos à construção do argumento do filósofo tornam frágil a ideia do absurdo como um elemento incontornável da vida humana. Em seguida, levantaremos as críticas avançadas na literatura por Gordon e Luper-Foy, que reforçam, aprofundam e ampliam as fragilidades internas à teoria de Nagel.
Citas
EAGLETON, T. “The meaning of life: a very short introduction”. New York: Oxford University Press, 2007.
EDWARDS, P. (Ed.) “The Encyclopedia of Philosophy”. New York: Macmillan, 1967, vol. 4.
CAMUS, A. “O mito de Sísifo”. Tradução de Ari Roitman e Paulina Watch. 3. Ed. Rio de Janeiro: Record, 2006.
GORDON, J. “Nagel or Camus on the absurd?” Philosophy and Phenomenological Research, vol. 45, n. 1, pp. 15-28, set. 1984.
GORDON, J. “The triumph of Sisyphus”. Philosophy and Literature, vol. 32, n. 1, pp. 183-190, abr. 2008.
KAFKA, F. “O processo”. Tradução de Torrieri Guimarães. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.
KLEMKE, E. D.; CAHN, S. M (Ed.). “The meaning of life: a reader”. New York: Oxford University Press, 2017.
LUPER-FOY, S. “The absurdity of a life”. Philosophical and Phenomenological Research, vol. 52, n. 1, pp. 85-101, mar. 1992.
METZ, T. “Meaning in life: an analytic study”. New York: Oxford University Press, 2013.
METZ, T. “New developments in the meaning of life”. Philosophy Compass, vol. 2, n. 2, pp. 196-217, 2007.
METZ, T. “Recent work on the meaning of life”. Ethics. 112, pp-781-814, jul. 2002.
METZ, T. “The concept of a meaningful life”. American Philosophical Quarterly, Vol. 38, n. 2, pp. 137-153, abr. 2001.
MURCHO, D. (Org.) “Viver para quê? - Ensaios sobre o sentido da vida”. Lisboa: Dinalivro, 2009.
NAGEL, T. “Mortal questions”. New York: Cambridge University Press, 1979.
NAGEL, T. “O absurdo”. In: MURCHO, D. (Org.) Viver para quê? - Ensaios sobre o sentido da vida. Lisboa: Dinalivro, 2009.
NAGEL, T. “The absurd”. The Journal of Philosophy, vol. 68, n. 20, pp. 716-727, out. 1971.
NAGEL, T. “The view from nowhere”. New York: Oxford University Press, 1986.
NAGEL, T. “What does it all mean? A very short introduction to philosophy”. New York: Oxford University Press, 1987.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Anamar Moncavo
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado simultaneamente sob a licença Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY). Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (por exemplo: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.