A ontologia mítica na Forma do Bem
DOI:
https://doi.org/10.47661/afcl.v15i29.41998Palavras-chave:
Forma do Bem, Dialética, Alma remêmora, Ontologia, Epistemologia, MitoResumo
Neste artigo pretendo analisar como a presumida incapacidade (adynamía) socrática para definir o que é o Bem evidencia o papel relevante da visibilidade como pré-condição à compreensão da Forma do Bem. De acordo com essa asserção, o reino fenomênico não é um obstáculo à apreensão das Formas, mas uma etapa necessária a ela. Meu propósito é enfatizar que a referida adynamía se converte em um específico tipo de dynamís tês aisthéseos, poder da sensação, pelo qual o dialético pode apreender o reino da inteligibilidade. Na primeira seção, exporei que as imagens do Sol, da Linha Dividida e da Caverna estabelecem uma semântica da visibilidade, detalhada pela analogia entre o campo ontológico do ser, do intermediário e do não-ser e o âmbito epistemológico do conhecimento, da opinião e da ignorância. Na segunda seção demonstrarei a importância da ciência dialética a fim de apreender as gradações ontológicas da realidade e suas etapas epistemológicas do conhecimento.
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