O Algoritmo hedonista de Epicuro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47661/afcl.v18i35.60535

Palavras-chave:

Epicuro, Algorítimo, Desejo, Necessidade, Étoca

Resumo

Este artigo examina a classificação dos desejos presente tanto na Carta a Meneceu como nas Principais Doutrinas de Epicuro. Nesta classificação, os desejos são primeiramente divididos entre naturais e sem fundamento. Os naturais são então divididos entre necessários e meramente naturais. Finalmente, os necessários são subdivididos entre necessários para a felicidade, para o conforto ou para a própria sobrevivência. Reconhecendo a qualidade algorítmica desta classificação, demonstra-se então como este algoritmo se relaciona ao projeto de Epicuro, nomeadamente com sua tentativa de demonstrar que o que é bom é fácil de obter. Sendo isto muitas vezes tomado como um argumento em defesa duma vida de pobreza, o que se segue é a própria refutação de Epicuro a esta objeção. Após este esclarecimento, mostra-se por fim como este cálculo hedônico promove a felicidade e o quão intimamente se conecta à forma como Epicuro entende a filosofia.

Biografia do Autor

Henrique Capeleiro Maia, Universidade Federal de Pernambuco

Bacharel e Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco.

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Publicado

2025-01-21