EMPÉDOCLES, ARISTÓTELES E OS ELEMENTOS
DOI:
https://doi.org/10.47661/afcl.v6i12.1452Parole chiave:
Empédocles, Pré-Socráticos, elemento, Aristóteles,Abstract
Queremos levantar algumas questões referentes à tese que trata do materialismo de Empédocles a partir da ideia de elemento. O termo “elemento” não aparece no poema, por isso, a primeira questão é se faz realmente sentido falar de “elemento” na física de Empédocles. Observemos, paralelamente, que a ideia de elemento tem pelo menos duas leituras possíveis, e ambas podem ser encontradas no primeiro livro da Metafísica de Aristóteles: uma leitura de caráter temporal, que encontramos na sua definição (983b 6-11), outra de caráter mais geométrico que aparece na apresentação dos atomistas e faz analogia com as letras do alfabeto (985b 15-19). Esta outra aparece também no tratado De Generatione et Corruptione (315b9-15) em que os interlocutores de Aristóteles são os pensadores itálicos -- e particularmente Empédocles e os atomistas. A crítica que Aristóteles fará às contestações de Empédocles quanto à realidade da geração e corrupção, porque este diz que não há nascimento nem morte, mas tão somente mistura e crase (DK 31 B8), é toda baseada em uma concepção da subsistência ou não da essência (οá½ÏƒÎ¯Î±). Além das alterações de ordem qualitativa, quantitativa e espacial, que podem ser explicadas segundo as teorias das diferenças de composição elementar dos atomistas, Aristóteles requer também a compreensão de uma alteração mais radical da forma, quando um corpo inteiro deixa de ser isto que ele é ou vem a ser de algo que ele não era. Nesta visada, Empédocles seria, para Aristóteles, um pensador que pouco difere dos atomistas. Para os Atomistas, e para Empédocles, assim como também para os Eleatas, não há realmente geração e corrupção.Riferimenti bibliografici
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