Prudência e filosofia prática em Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.47661/afcl.v10i20.3240Palavras-chave:
Aristóteles, prudênciaResumo
Sem a prudência como virtude prática por excelência não seria possível algo como uma filosofia prática. No entanto, é pela orientação para o bem e para a eudaimonia que a própria prudência se constitui, de acordo com Aristóteles. Negada a possibilidade de uma ciência universal do bem, a filosofia assume a tarefa de determinar o caráter de bem do próprio bem humano. Para tanto, ela parte da análise do exercício deliberativo e procura determinar o teor ontológico de seu ‘objeto'. A obra da filosofia prática aristotélica é a confiabilidade da ação como caminho legítimo para a felicidade, seja para o indivíduo seja para a cidade.
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