DERRIDA E LISPECTOR

E AS METONÍMIAS DO COMER BEM

Autores

Resumo

O objetivo deste artigo é provocar uma reflexão para a questão do sujeito, a partir da entrevista ‘Il faut bien manger’ ou le calcul du sujet de Jacques Derrida, concedida a Jean-Luc Nancy e publicada no ano de 1989 na revista francesa Cahiers Confrontation n° 20. Para cumprir nossa proposta, inicialmente apresentaremos as reflexões de Derrida sobre a pergunta “Quem vem depois do sujeito?”. Veremos em que sentido o pensamento de Derrida diverge dos discursos que proclamam a liquidação do sujeito. Posteriormente, pretendemos mostrar que o deslocamento da questão do sujeito pode resultar na necessidade de repensar as fronteiras que separam o animal humano do animal não-humano. Dessa forma, a questão concernente ao sujeito aparece intrinsecamente associada às estruturas que asseguram os limites entre o ser humano e o animal. É a partir deste ponto que desenvolvemos a noção de metonímias do comer bem. Para isso, entendemos ser de extrema importância trazer para nosso diálogo a obra Paixão segundo G.H., da escritora Clarice Lispector, para compreendermos a abertura que Derrida e Clarice oferecem para pensarmos o tema da alteridade, hospitalidade e, de forma mais específica, as metonímias do comer bem.

Biografia do Autor

Adriano Negris, Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Professor Adjunto do Departamento de Educação da Faculdade de Formação de Professores – FFP-UERJ. Pós-Doutor em Filosofia pela UFOP. Doutor em Filosofia do PPGFIL da Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ, Mestre em Filosofia pelo PPGFIL da Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ. Possui Licenciatura e Bacharelado em Filosofia pela UERJ. Possui graduação em Direito pela Universidade Gama Filho.Tem interesse nas áreas da Ética, Política, Desconstrução e Educação. Membro do Corpo Editorial da Revista Ensaios Filosóficos. Faz parte do Laboratório de Licenciatura e Pesquisa do Ensino de Filosofia-LLPEFIL da UERJ, do Grupo de Filosofia Contemporânea de Expressão Francesa da ANPOF, do grupo de pesquisa: Arquitetura, Derrida e aproximações da UFRGS e do Grupo de pesquisa: AFROSIN-Afroperspectivas Filosóficas da UFRRJ. Membro do grupo de pesquisa do laboratório X de Encruzilhadas Filosóficas da UFRJ. Tem experiência na Coordenação e ensino de filosofia em pré-vestibular comunitário.

Pâmela Costa, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutoranda na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na linha Gênero, Raça e Colonialidade. Graduada em licenciatura plena em Filosofia (UNESPAR). Especialização em Ensino de Filosofia, Mestre em Ensino de Filosofia pelo PROF-FILO-UNESPAR. Graduada em Pedagogia - UNICV. Atuou como professora de filosofia na Rede básica de ensino de Santa Catarina. Atuou como professora de Filosofia na Rede Particular - Colégio Santos Anjos (2016| 2023). Atuou como coordenadora de Estágio do colegiado de Filosofia da UNESPAR, lecionando como professora Universitária nas disciplinas de Educação e Filosofia do Ensino de Filosofia (2020|2022). Atuou como coordenadora do Programa de Extensão do Colegiado de Filosofia - PEFIL, da Unespar (2021|2022). Tem interesse nas discussões relacionadas ao Ensino de Filosofia, Educação, filosofia popular brasileira. Além disso, possui interesse no cruzo entre Poesia, Literatura e Filosofia, Questões de gênero e Feminismo(s). Faz parte do Coletivo Paulo Freire (UNESPAR), do Círculo de Cultura Leia Mulheres (UNESPAR), do Grupo de Estudos e Experiências Filosóficas - GEEFIL, do projeto de pesquisa: Espaço de Saberes Anticoloniais e Interculturais - SACI, UNESPAR. É integrante do Laboratório X de Encruzilhadas Filosóficas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS-UFRJ).

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Publicado

2024-10-12