Expropriação do feminino

uma nova maneira de habitar

Abstract

A partir das críticas de teóricas feministas à representação da mulher ou às tarefas que elas desempenham nas sociedades atuais, este artigo propõe analisar a aporia derridiana do assombramento do feminino com base na ética levinasiana. Para isso, em contraposição às mulheres empíricas, ao feminino é atribuído o estatuto de ser, cuja atividade passiva expropriadora revela condições de transbordar a subordinação apresentada pela anterioridade da mulher na casa, aquela que oferece acolhimento ao proprietário, bem como sua redução na relação erótica. No entanto, ao tornar o proprietário um hóspede em sua morada, o feminino propõe uma nova maneira de habitar.