Saúde mental do atleta:

evidências científicas e reflexões de uma visão integrativa do movimento.

Auteurs-es

  • Carlos Pinheiro Escola de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Rio de Janeiro (EEFD/UFRJ)
  • Kizzy Antualpa Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Triângulo Mineiro (ICS/UFTM)
  • Helena Moraes Programa de Pós graduação em Psiquiatria e Saúde Mental, Instituto de Psiquiatria. Universidade Federal do Rio de Janeiro (PROPSAM IPUB/UFRJ)

Résumé

O corpo e a mente são indissociáveis, recreativamente ou em alto desempenho: mente e corpo trabalham de maneira conjunta. Atletas estão expostos com frequência a diversos elementos estressores, estando suscetíveis às doenças físicas e mentais, atuando na maioria das vezes em seus limites psicofisiológicos na tentativa de superar seus próprios limites. Com isso, podem estar sujeitos aos transtornos mentais mais comuns, como ansiedade e depressão. O objetivo da presente revisão é traçar um ponto de vista baseando-se na hipótese da consciência interoceptiva, e como tal ferramenta poderia ser utilizada para a melhora da saúde mental do atleta. A Interocepção é definida como a percepção das informações aferentes periféricas que atingem a consciência. Nesse sentido, o processamento interoceptivo tem importante função e participa ativamente em aspectos físicos, cognitivos e emocionais de autorregulação e bem-estar. Há fortes indícios que atletas podem inibir a percepção das aferencias periféricas para lidarem com as demandas psicofisiológicas do esporte, exigindo uma alta atividade do sistema nervoso central para tal regulação. Em conclusão, nota-se que há uma predisposição psicofisiológica de origem genética ou ambiental permitindo que as demandas relacionadas ao esporte, bem como o excesso de exercícios, causem o surgimento de transtornos psiquiátricos no atleta.

Publié-e

2024-12-14