Os nomes nus em caboverdiano
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2020.v22n2a32581Palavras-chave:
Caboverdiano, Nomes Nus, Sintagma Nominal, Semântica, Línguas de ContatoResumo
No presente artigo trataremos das características gerais do sintagma nominal do caboverdiano. Exploraremos a questão dos nomes nus, em uma perspectiva semântica, observando uma das estratégias de expressão de genericidade na língua, bem como as interpretações definida e indefinida dos nomes nus. A nomenclatura nomes nus é utilizada neste trabalho para se referir aos nomes sem a presença de determinantes. Essa denominação serve à literatura para contrapor nomes com a presença de determinantes a nomes sem essa presença, considerando que os primeiros sejam a forma mais usual nas línguas em geral. Defendemos que, pelo menos em caboverdiano, os nomes nus seriam a forma padrão na língua. A presença de determinantes, por outro lado, é guiada por estratégias específicas. A partir de dados coletados em trabalho de campo na ilha de Santiago e dados retirados de trabalhos prévios sobre a língua, apresentaremos as características gerais dos nomes nus do caboverdiano, na variedade de Sotavento. Partindo do fato de que os nomes em caboverdiano, em sua maioria, não precisam ser acompanhados de determinantes, veremos que as noções de pressuposição e unicidade serão relevantes dentro do sintagma nominal da língua e podem favorecer determinadas leituras ou interpretações do nome nu em detrimento de outras.
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