O paralelismo clausal na região central do estado de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2009.v6n0a3900Resumo
Com o intuito de colaborar na caracterização de um fenômeno da fala da região central do estado de São Paulo, o presente trabalho tem como objetivo estudar em quais contextos a marca formal de plural do sintagma nominal (SN) favorece ou desfavorece a marca formal de plural do verbo. Ressaltamos que o corpus deste trabalho provém de um projeto sob a denominação “O português falado no interior paulista: constituição de um banco de dados anotado para o seu estudo”, composto pela fala de 152 informantes de São José do Rio Preto e região. Para a realização desta pesquisa, utilizamos uma subamostra composta pela fala de 16 informantes, orientada pelas seguintes variáveis sociais: gênero, faixa etária, escolaridade e renda sócio-econômica. Como variáveis de natureza linguística: material interveniente entre sujeito e verbo; saliência fônica do verbo; posição do sujeito com relação ao verbo e animacidade do sujeito. Trata-se de um estudo de Língua Portuguesa em seu contexto social, com vistas a definir uma possível sistematicidade das relações entre sujeito e verbo. A análise dos dados sociais apontou que as variáveis escolaridade e faixa etária favorecem ao emprego das marcas de plural. Mesmo havendo algum material interveniente entre sujeito e verbo, o paralelismo clausal foi mantido. O desfavorecimento da aplicação da regra se deu quando a saliência verbal era pouco perceptível na distinção singular/plural. Outro contexto que desfavoreceu a aplicação da regra foi sujeito posposto ao verbo. De modo geral, houve um favorecimento para a ocorrência do paralelismo clausal (79%). Constatamos, por meio do “pacote” estatístico VARBRUL, que as variáveis linguísticas exercem maior influência na realização da forma plural dos verbos, faladas na região central do estado de São Paulo, do que as variáveis extralinguísticas.Downloads
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