O ABSURDO EM DIAS ÚTEIS, DE PATRÍCIA PORTELA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2022.v24n2a50084

Palavras-chave:

Narrativa portuguesa contemporânea, morte, Teatro do Absurdo, Patrícia Portela, Dias úteis.

Resumo

A partir das reflexões teóricas de Os jogos e os homens: máscara e vertigem, de Roger Caillois; O teatro de absurdo, de M. Esslin; A sociedade do cansaço, de Byung-chul Han, dentre outros, o presente artigo visa aceitar o jogo proposto por uma das vozes narrativas que integra o espaço ficcional criado pelas mãos de Patrícia Portela em seu livro Dias úteis, na tentativa de decifração não só no que tange a forma composicional do livro; como, também, no processo de transfiguração do leitor em personagem destas narrativas, no intuito de deslocar o olhar da utilidade dos dias e refletir sobre o sentido da vida (sentido este que não se tem resposta, afinal está sempre em deriva).

Biografia do Autor

Carlos Roberto dos Santos Menezes, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui Bacharelado em Português-Literaturas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013); Licenciatura em Português-Literaturas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2014); Especialização em Literaturas Portuguesa e Africanas Contemporâneas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2015); Mestrado em Letras Vernáculas na área de Literatura Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2017), com a Dissertação: Entre a leitura e a escritura: a forma romanesca de Bolor, de Augusto Abelaira ; Doutorando no Programa de Letras Vernáculas na área de Literatura Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com a Tese: em Literatura Portuguesa (Moderna e Contemporânea) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002), com a tese: A vida eterna depende do amor dos outros ou a (im)possibilidade de dar corpo ao passado nas narrativas de Afonso Cruz. Atuou como Bolsista Júnior no Real Gabinete Português de Leitura em Parceria com a fundação Calouste Gulbenkian no desenvolvimento do projeto de pesquisa: " Diálogos intra-narrativos: a propósito dos romances de Augusto ", em que buscou estabelecer os possíveis diálogos entre as obras ficcionais de Augusto Abelaira. Tem experiência na área de Letras Vernáculas, com ênfase na Literatura Portuguesa dos séculos XX e XXI. Atualmente, dedica-se à pesquisa sobre a Novíssima ficção portuguesa, cuja publicação dos autores inicia-se a partir dos anos 2000 com ênfase nos seguintes eixos temáticos: ironia, cosmopolitismo, memória e História, imagens sobreviventes, trauma, afeto, relações com imagens, escrita de si, fascismo português, testemunhos. Dentre os autores pertencentes ao corpus de pesquisa encontram-se Afonso Cruz, Gonçalo M. Tavares, Patrícia Reis, Patrícia Portela, Ricardo Fonseca Mota, Ana Margarida de Carvalho, Frederico Lourenço, João Reis, Paulo Rodrigues Ferreira, Filipa Melo, Maria Teresa Horta, Sophia de Mello Breyner Andresen, entre outros. Atua como Professor de Língua Portuguesa para EJA e no curso de Formação de Professores no Colégio CECAMP.

Referências

CAILLOIS, R. Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. Trad. Maria Ferreira. Rio de Janeiro: Vozes, 2017.

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HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. Trad. João Paulo Monteiro. São Paulo: Perspectiva, 1971.

PORTELA, P. Dias úteis. Belo Horizonte: Dublinense, 2019.

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Publicado

2023-06-19

Edição

Seção

Dossiê de Literatura/Literature Dossier