Produções orais e escritas dos ditongos [aj], [ej] e [ow]: dados de São José do Norte/RS

Auteurs-es

  • Giovana Ferreira Gonçalves UFPEL
  • Veronica Santos do Amaral

DOI :

https://doi.org/10.35520/diadorim.2013.v14n0a4061

Résumé

Os ditongos decrescentes [aj], [ej] e [ow] podem ser compreendidos como resultantes da inserção de um glide à forma subjacente (BISOL, 1989) ou como decorrentes do apagamento da semivogal (CABREIRA, 1996). Adamoli (2006), quanto à aquisição gráfica dessas sequências, defende que são constituídas por apenas uma vogal na subjacência. O presente trabalho investiga o processo de aquisição da escrita dos ditongos orais decrescentes [aj], [ej] e [ow] na cidade de São José do Norte/RS, assim como a relação que se estabelece entre língua falada e língua escrita nesse processo. Os sujeitos pertencem às turmas da 1ª, 2ª, 3ª e 6ª série de duas escolas públicas, uma da zona urbana e outra da zona rural. Foram elaborados três instrumentos de coleta de dados, sendo um destinado à coleta oral e dois à coleta escrita. O instrumento da coleta oral continha 62 figuras, apresentadas a cada sujeito por meio de um computador. Quanto à coleta escrita, um instrumento foi elaborado para os alunos da 1ª, 2ª e 3a séries e outro, para os alunos da 6ª série. As palavras da coleta escrita foram as mesmas trabalhadas na oralidade. Os resultados confirmam a proposta de Bisol (1989) acerca da existência de apenas um elemento vocálico na representação mental dos aprendizes, tendo em vista o expressivo número de reduções na escrita realizadas nas séries iniciais. A gradual apropriação dos ditongos na escrita, bem como a produção oral das sequências [aj], [ej] e [ow], de forma mais recorrente, pelos sujeitos da 3ª série, corroboram a possibilidade de esses ditongos emergirem na representação mental a partir do contato dos sujeitos com a escrita.

Bibliographies de l'auteur-e

Giovana Ferreira Gonçalves, UFPEL

Doutora em Letras pela PUCRS-RS. Professora Adjunta da Universidade Federal de Pelotas. Atua em Cursos de Graduação e no Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPEL. É bolsista de produtividade do CNPq, com pesquisas voltadas para a área de fonética/fonologia do Português, aquisição da fonologia e teorias fonológicas.

Veronica Santos do Amaral

Mestre em Letras pela Universidade Federal de Pelotas.

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Publié-e

2013-12-15

Numéro

Rubrique

Artigos