Os limites da apropriação de um léxico migratório internacional no Brasil

Autores

  • Guilherme Mansur Dias Pesquisador independente
  • Rosa Vieira Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Palavras-chave:

governança migratória, migração haitiana, refúgio, tráfico de pessoas, Brasil

Resumo

O artigo analisa a apropriação de arcabouço normativo e conceitual internacional durante o ingresso de haitianos no Brasil entre 2010-2014. Discutimos ambiguidades e dificuldades em sua implementação, buscando contribuir com crítica epistemológica, tanto efetiva quanto potencial, do momento de redesenho político e institucional no país com impacto na agenda migratória. Argumentamos que os conceitos disponíveis limitam o horizonte da linguagem, fazendo-nos reproduzir categorias de gestão e controle, e constituem universo a ser disputado nas lutas pelo redimensionamento da mobilidade humana para além de uma lógica estritamente humanitária ou criminal.

Biografia do Autor

Guilherme Mansur Dias, Pesquisador independente

Pesquisador associado do Centro de Estudos de Migrações Internacionais (Cemi) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp, Brasil). É doutor e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Unicamp e graduado em ciências sociais pela mesma universidade.

Rosa Vieira, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, Brasil) em cotutela com a École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS, França), mestre pelo mesmo programa e graduada em história pela UFRJ. Participa do Núcleo de Pesquisas em Cultura e Economia (NuCEC) da UFRJ.

Downloads

Publicado

2019-07-23