Mundo do Crime: revisitando anotações de trabalho de campo 50 anos depois

Autori

DOI:

https://doi.org/10.4322/dilemas.v17.n3.64193

Parole chiave:

Crime, presídio, Casa de Detenção de São Paulo, trabalho de campo, vida prisional

Abstract

Recentemente, ao revirar caixas de documentos em minha sala no IFCS-UFRJ, descobri várias anotações do trabalho de campo realizado nos anos de 1975 e 1976, durante pesquisa sobre os presos da Casa de Detenção de São Paulo. Essas notas, que julgava perdidas, foram essenciais para a redação do meu livro Mundo do Crime: a ordem pelo avesso (1979, 1983). Nesse registro etnográfico das impressões sobre as visitas ao presídio e das entrevistas realizadas com os detentos, procurei descrever e refletir sobre os desafios enfrentados durante a investigação. Parte dessas observações foi relatada no livro. Agora, neste texto, reapresento alguns desses registros, meio século depois. Acredito que essa recuperação pode de alguma forma dialogar com o vasto conjunto de pesquisas e escritos sobre o tema elaborados ao longo dessas décadas, ao mesmo tempo em que revela um pouco do cotidiano do principal e maior centro de detenção do país, marcado pelo terrível massacre de presos pela polícia militar, ocorrido em 1992 e pelo fato de não mais existir, tendo sido implodido em 2002.

Biografia autore

José Ricardo Ramalho, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro – RJ – Brasil.

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Pubblicato

2024-10-01

Fascicolo

Sezione

Memória