SOBRE A INDIGNAÇÃO: BRASIL, JUNHO DE 2013

Authors

  • Fernando Bonadia de Oliveira Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Abstract

Este artigo corresponde à segunda etapa de um estudo sobre as jornadas de junho de 2013 no Brasil a partir do referencial filosófico de Bento de Espinosa (1632-1677). O objetivo é tomar a definição espinosana de indignação para analisar os embates que ocorreram em junho de 2013 e pensar o papel da emulação dos afetos, tanto para o reforço midiático conservador (típico do ativismo conservador agressivo brasileiro contemporâneo) quanto para a conversão das resistências políticas em novas ações constituintes.

Author Biography

Fernando Bonadia de Oliveira, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro desde 2017. Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Graduado em Pedagogia, Filosofia e Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas. Pesquisador nas áreas de Filosofia da Educação, Filosofia da Educação Brasileira e História da Filosofia Moderna.

References

ADORNO, Theodor (2000). Educação e emancipação. Tradução: Wolfgang Leo Maar. Rio de Janeiro: Zahar.

BRINGEL, Breno (2015). 15-M, Podemos e os movimentos sociais na Espanha: trajetória, conjuntura e transições. Novos Estudos, nº 103, p. 59-77.

CASTELLS, Manuel (2013). Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Tradução: Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar.

CHAUI, Marilena (2018). Em defesa da educação pública, gratuita e democrática. Belo Horizonte: Autêntica.

COLECTIVO SITUACIONES (2002). 19 & 20 - Apuntes para el nuevo protagonismo social. Buenos Aires: De Mano en Mano.

DE MORAES, Wallace (2018). 2013 – Revolta dos Governados: ou, para quem esteve presente, revolta do vinagre. Rio de Janeiro: WSM Edições.

DE MORAES, Wallace (2019). Governados por quem?: diferentes plutocracias nas histórias políticas de Brasil e Venezuela. Rio de Janeiro: Ape’Ku.

ESPINOSA, Bento (1973). Correspondência. Tradução: Marilena Chaui. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril.

ESPINOSA, Baruch (2009). Tratado Político. Tradução: Diogo Pires Aurélio. São Paulo: Martins Fontes.

ESPINOSA, Bento (2015). Ética. Tradução: Grupo de Estudos Espinosanos. São Paulo: Edusp.

FERREIRA, Rubens (2016). Jornadas de Junho: uma leitura em quatro conceitos para a Ciência da Informação. Ciência da Informação e Documento. Ribeirão Preto, v. 6, n. 2, p. 5-19.

FORDELONE, Yolanda (2013). Com aumento da busca no Google, 'Revolta do Vinagre' vira termo no Wikipedia. Disponível em https://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,com-aumento-da-busca-no-google-revolta-do-vinagre-vira-termo-no-wikipedia,156600e acessado em 02 de fevereiro de 2020.

HOPSTEIN, Graciela (2002). A “baderna” argentina ou a potência constituinte da multidão. In: PACHECO, Anelise; COCCO, Giuseppe; & VAZ, Paulo (orgs.). O trabalho da multidão. Rio de Janeiro: Gryphus/Museu da República, p. 47-58.

LENIN, Vladmir (1978). Política. Tradução: Carlos Rizzi. São Paulo: Ática.

NEGRI, Antonio (2016). Como e quando li Foucault. Tradução: Mario Marino. São Paulo: n-1.

NEGRI, Antonio; & HARDT, Michael (2016). Declaração – isto não é um manifesto. Tradução: Carlos Szlak. São Paulo: n-1.

OLIVEIRA, Fernando Bonadia (2018). Espinosa, um anarquista? In: FRAGOSO, Emanuel Angelo da Rocha; GOMES, Carlos Wagner Benevides; LIMA, Francisca Juliana Barros Sousa; & SILVA, Henrique Lima (orgs.). Potência, Cultura e Resistência (VI Colóquio Benedictus de Spinoza). Fortaleza: EdUECE, 2018, p. 103-117.

OLIVEIRA, Fernando Bonadia (2019). Sobre o desespero: São Paulo, junho de 2013. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea. Brasília, v. 7, n. 2, p. 147-187.

PEREIRA, Jesus (2015). Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, n. 44, p. 407-410.

SINGER, André (2013). Brasil, junho de 2013: classes e ideologias cruzadas. Novos Estudos, São Paulo, n. 97, p. 23-40.

TAIBO, Carlos (2015). El Movimiento del 15 de Mayo en España: luces y sombras. Estudos Ibero-Americanos, Porto Alegre, v. 41, n. 2, p. 351-370.

VALLE, Bruno (2013). SP troca faixas por corredores em 2014. Disponível: https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,sp-troca-faixas-por-corredores-em-2014,1111385 acessado em 02 de fevereiro de 2020.

WILHEIM, Jorge (2013). Mobilidade urbana: um desafio paulistano. Estudos Avançados, n. 79, p. 7-26.

Published

2020-07-10

Issue

Section

Artigos